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Lisboa perde 2,34% em mais um dia de mercados manchado pelo Brexit

Depois do recuo de 7% na sexta-feira, o vermelho voltou a ser a cor dominante em Lisboa. As energéticas e a Navigator marcaram os principais deslizes com os CTT e o BPI a serem as excepções. Toda a Europa caiu – sobretudo a banca.

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27 de Junho de 2016 às 16:44
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A saída de uma estrela amarela do azul da bandeira da União Europeia continua a pintar de vermelho as bolsas europeias. Mantendo a toada negativa de sexta-feira, o primeiro dia da semana foi marcado por novas quedas expressivas. Lisboa não escapou.

 

O índice de referência da bolsa portuguesa perdeu 2,34% para 4.260,13 pontos, continuando em torno dos mínimos de 1996 registados no fim da semana passada. Um comportamento negativo sentido apesar de até ter registado um início de dia positivo.  

 

Na Europa, as praças caíram todas – o índice Stoxx Europe 600, que reúne as 600 maiores empresas europeias, cedeu 4,1%. Grande parte dos sectores passou a sessão a recuar, com destaque para os bancos e empresas ligadas aos serviços financeiros. Os investidores continuam a temer os efeitos da separação entre o Reino Unido e a União Europeia, apesar das garantias dadas pelos bancos centrais. 

 

Além das incertezas sobre o que vai acontecer na sequência da votação dos britânicos à saída da União Europeia, também houve eleições em Espanha que voltaram a não atribuir uma maioria estável no Parlamento a nenhum dos partidos. 

As bolsas caíram e em Lisboa registaram-se quedas expressivas. A Navigator afundou 6,65% e foi o deslize mais evidente. A principal accionista da antiga Portucel, a Semapa, também marcou um forte recuo: 4,53% para os 2,498 euros. A construtora Mota-Engil recuou 6,54% para 1,43 euros.  

 

Contudo, as desvalorizações que mais contribuíram para a queda do índice, devido ao seu peso, foram as das energéticas. A Galp Energia caiu 3,64% para 11,52 euros enquanto a EDP cedeu 2,54% para 2,568 euros. A EDP Renováveis, por sua vez, terminou o dia a cotar nos 6,397 euros ao perder 3,18% do seu valor esta segunda-feira.

 

Nas telecomunicações, a Pharol afundou 5,15%, estando próxima dos mínimos históricos estreados na semana passada depois do pedido de recuperação judicial feito pela empresa brasileira de que é a principal accionista, a Oi. A Nos caiu 1,01% para 5,377 euros. Já o retalho também viveu um dia negativo: a Sonae perdeu 3,68% para 0,707 euros enquanto a Jerónimo Martins fechou a cotar nos 13,345 euros depois de recuar 1,15%.

 

BCP perde após nota do JP Morgan

 

Além da pressão colocada pelo Brexit, a banca europeia foi castigada por uma avaliação negativa por parte do JP Morgan. No caso concreto do BCP, o banco foi alvo de um corte de mais de um cêntimo no preço-alvo, que está agora em 2,7 cêntimos (era de 4 cêntimos até aqui), uma redução de 33%. As acções do banco liderado por Nuno Amado caíram 2,78% para 1,75 cêntimos. As unidades de participação do fundo do Montepio recuaram 0,20% para 0,508 euros.

 

Já o BPI foi uma das excepções ao sentimento negativo em Lisboa. O banco somou 0,46% à sua cotação, fechando em 1,089 euros, não se afastando muito da contrapartida de 1,113 euros oferecida pelo CaixaBank na oferta pública de aquisição.

 

Além do BPI, a excepção no principal índice da bolsa nacional foi os CTT, que somaram 1,05% para 7,01 euros.


(Notícia actualizada com mais informações às 16:50)

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