Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Larry Fink apela ao "poder do capitalismo" na busca de um investimento mais sustentável

O CEO da maior gestora de ativos do mundo, com 10 biliões de dólares sob gestão, fala sobre capitalismo de investidores na sua carta anual, argumentando que os investidores devem acelerar a mudança no investimento.

Bloomberg
18 de Janeiro de 2022 às 14:04
  • ...

O mundo está a mudar. E os investidores podem e devem ter um papel nesta mudança, acelerando o caminho para um investimento mais sustentável, nas empresas em que são acionistas. A convicção é de Larry Fink, CEO da BlackRock, que na sua carta anual escreve que o "poder do capitalismo" não é uma agenda política, nem ideológica. É, sim, um movimento assente em relações mutuamente benéficas que tem em vista a criação de valor.

 

"O capitalismo de stakeholders não é sobre política. Não é uma agenda social ou ideológica. Não é um (movimento) ‘woke’. É capitalismo, impulsionado por relações mutuamente benéficas entre a empresa e os colaboradores, clientes, fornecedores e comunidades de que a empresa depende para prosperar. É aí que reside o poder do capitalismo", escreve o CEO da maior gestora do mundo, na carta dirigida aos CEO's das empresas com quem a BlackRock trabalha.

 

Depois de dois anos de pandemia, Fink argumenta que o mundo está hoje ligado e uma "empresa deve criar valor e ser valorizada por todos os seus ‘stakeholders’, a fim de entregar valor de longo prazo para seus acionistas". Para o CEO da BlackRock, é através do capitalismo efetivo dos acionistas que é capital é aplicado de forma efetiva e as companhias alcançam rendibilidade duradoura.

 

"Não se enganem, a busca justa pelo lucro ainda é o que anima os mercados; e rentabilidade a longo prazo" é o que vai determinar o sucesso de uma empresa, ressalva o líder da gestora norte-americana.

 

Dito isto, ignorar a sustentabilidade e trazer os critérios ambientais, sociais e de governo corporativo para a equação já não é uma escolha. "Os investimentos sustentáveis atingiram os 4 biliões de dólares. As ações e as ambições em torno da descarbonização também aumentaram. Isto é só o início – a mudança tectónica para o investimento sustentável ainda está a acelerar", argumenta Fink.

 

Uma mudança que pode ser acelerada pelo capitalismo dos acionistas, rumo a uma sociedade mais sustentável.

 

Segundo o CEO da BlackRock, que geria 10 biliões de dólares no final de 2021, atualmente há 400 biliões de dólares em ativos financeiros, um crescimento que traz riscos e oportunidades, quer para investidores, quer para companhias.

 

Olhando para o futuro, Link destaca que "os mercados de capitais permitiram às companhias e aos países prosperar. Mas o acesso ao capital não é um direito. É um privilégio. E o dever de atrair esse capital de um modo mais responsável e sustentável depende de si", remata o CEO da BlackRock, num apelo aos acionistas.

Ver comentários
Saber mais BlackRock Larry Fink gestão de ativos capitalismo acionistas stakeholders
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio