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Jerónimo Martins sofre maior queda em cinco meses após resultados

As acções da Jerónimo Martins fecharam a cair mais de 4% e atingiram o nível mais baixo desde Maio.

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27 de Julho de 2017 às 17:08
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Na sessão posterior à apresentação de resultados do primeiro semestre, as acções da Jerónimo Martins sofreram a queda mais acentuada desde Fevereiro, com os investidores a denotarem preocupações com os prejuízos na unidade da Colômbia.

 

As acções fecharam a cair 4,32% para 16,62 euros (queda mais forte desde 23 de Fevereiro), atingindo o nível mais baixo desde Maio.

 

Após o fecho da sessão de ontem, a empresa anunciou que os lucros subiram 0,6% para 173 milhões de euros, mas ficaram abaixo das estimativas dos analistas (180 milhões de euros).

  

Nas reacções aos resultados que a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos apresentou ontem, os analistas destacam o forte crescimento das vendas e o desempenho positivo na Polónia, mas também as perdas registadas na Colômbia, onde a Jerónimo Martins está a implementar um agressivo plano de crescimento.

 

Já esta tarde, na conferência com analistas, a gestão da Jerónimo Martins afirmou que a actividade na Colômbia decorre como o esperado e que os prejuízos decorrem no plano de investimentos e não de qualquer desempenho abaixo do esperado.   

 

No total, as vendas consolidadas da Jerónimo Martins alcançaram 7,7 mil milhões de euros no primeiro semestre, um aumento de 11,4%. Em termos comparáveis (like-for-like, ou seja, crescimento das vendas nas lojas que operaram sob as mesmas condições) o aumento foi de 6,9%. O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) seguiu a mesma tendência, tendo crescido 7,2% para 416 milhões de euros.

 

O CaixaBI diz que os resultados da Jerónimo Martins foram "positivos ainda que globalmente em linha com o antecipado", confirmando o "sólido momento ao nível de vendas em todas as principais unidades de negócio do grupo". Destaca que o crescimento das vendas "foi anulado pela descida superior ao antecipado da margem EBITDA consolidada (…) devido às perdas com os novos negócios, nomeadamente a Ara" na Colômbia, que gerou perdas de 47 milhões de euros. O banco de investimento da CGD diz que há margem para uma revisão em alta das estimativas para as vendas, embora classifique de "adequada" a estimativa de uma margem EBITDA de 7,2% para a unidade polaca Biedronka.

 

Haitong e BNP sobem preço-alvo

 

O Haitong também destaca o forte crescimento das vendas, admitindo afinar as estimativas que tem para este indicador de modo a incorporar a evolução registada pela Biedronka, mas também elevou a previsão para taxa de câmbio do zloty e a previsão de prejuízos para a unidade na Colômbia.

 

As alterações levaram a uma melhoria de 1% na estimativa para o EBITDA e um corte de 1% na previsão para os lucros do conjunto de 2017, sendo que o banco de investimento também elevou o preço-alvo em 20 cêntimos, para 16,80 euros. A recomendação permanece em "neutral", uma vez que a avaliação está em linha com a actual cotação e o Haitong assinala que a Jerónimo Martins está a transaccionar em bolsa com um prémio de 11% face ao sector, tendo em conta o rácio EV/EBITDA.

 

O Exane BNP Paribas também elevou o preço-alvo da Jerónimo Martins, de 17,50 euros para 18,00 euros, embora, segundo a Bloomberg, tenha cortado a recomendação de "outperform" para "neutral". O CaixaBI tem uma recomendação de "neutral" para a Jerónimo Martins, com um preço-alvo de 16,00 euros.

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