Notícia
Jerónimo Martins e Navigator sobem mais de 1% e elevam bolsa
A bolsa nacional inverteu da tendência de perdas registada na abertura e segue em alta, pondo fim ao ciclo de quedas de nova sessões consecutivas. Os ganhos superiores a 1% da Jerónimo Martins e da Navigator estão a ser determinantes para o desempenho.
O PSI-20 está a subir 0,36% para 5.251,85 pontos, numa altura em que das 18 cotadas que compõem o índice, 10 sobem, seis caem e duas seguem estáveis. No resto das praças europeias a tendência é pouco definida, com alguns índices a caírem e outros a subirem. O Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, está a subir 0,01%, num espelho de indefinição que impera na Europa.
Este desempenho está relacionado com os receios dos investidores, que continuam expectantes em relação ao impacto das crises nos países emergentes, como Turquia ou Argentina. Mas também em relação à guerra comercial entre os EUA e a China, depois de na sexta-feira o presidente norte-americano ter admitido que vai "muito em breve" avançar com as tarifas sobre bens chineses avaliados em 200 mil milhões de dólares. Mas não deverá ficar por aí: Donald Trump ameaçou impor taxas sobre mais 267 mil milhões de dólares, cobrindo assim todos os bens que a China exporta para os EUA.
A determinar a subida da bolsa está ainda ao sector do papel, com destaque para a Navigator, que aprecia 1,03% para 4,122 euros. A Altri também avança 0,39% para 7,76 euros.
A subir está também a Mota-Engil, que ganha 1,15% para 2,19 euros. Esta cotada tem sido muito fustigada em bolsa pelas crises nos mercados emergentes - em especial na Argentina, África do Sul e Brasil, onde a empresa opera. Na semana passada, esta construtora registou a maior queda semanal em 10 anos.
Do lado oposto, e a travar a subida da bolsa está o sector da energia, com a EDP a cair 0,18% para 3,284 euros, a EDP Renováveis a ceder 0,06% para 8,45 euros e a Galp Energia a perder 0,03% para 16,32 euros.
A contribuir para os ganhos está ainda o BCP, ao subir 0,99% para 0,2457 euros, enquanto a Pharol perde 0,63% para 0,1878 euros, no dia em que revela aos seus accionistas as contas do primeiro semestre. A pressionar a empresa liderada por Palha da Silva está também o aumento de capital aprovado pelos accionistas na sexta-feira, que tem como objectivo a Pharol participar no aumento de capital da brasileira Oi.