Notícia
Guerra comercial pressiona Wall Street
As bolsas americanas iniciaram a sessão em queda, pressionadas pelos receios em torno do escalar de tensão devido à guerra comercial entre os EUA e as maiores economias.
O Dow Jones desce 0,67% para 24.416,65 pontos e o Nasdaq recua 0,7% para 7.639,06 pontos. Já o S&P500 recua 0,74% para 2.734,33 pontos.
A justificar estas descidas está a guerra comercial entre os EUA e a China, essencialmente. Os EUA estão a preparar legislação para reforçarem o controlo dos investimentos chineses, o que está a aumentar os receios em torno da escalada da guerra comercial. Já a China e a União Europeia alertam para um cenário de recessão mundial, provocado pela crise comercial.
"Suspeitamos que a equipa de Trump vai avançar com estas políticas até que as acções americanas comecem a cair e as sondagens sejam desfavoráveis para Trump", salientou o ING numa nota de análise citada pela Reuters. A diferença entre a aprovação e desaprovação do presidente dos EUA atingiu o valor mais baixo desde Março de 2017, realça a mesma casa de investimento.
Um dos sectores que será mais afectado pela legislação que os EUA querem aprovar é o tecnológico. E isso está a reflectir-se na negociação. A Alibaba é ilustrativa deste caso: as acções deslizam mais de 3% para 195,68 dólares.
Destaque para as acções da Harley-Davidson, que descem 1,38% para 43,60 dólares, depois de a empresa ter revelado que a guerra comercial vai custar entre 30 a 45 milhões de dólares até ao final deste ano, devido às tarifas aplicadas pela União Europeia, no âmbito da guerra comercial. A fabricante de motos americana anunciou mesmo que vai transferir parte da produção para outros países de forma a diminuir a factura.