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Greenvolt acredita que novidades sobre a OPA só em maio
A "head of investor relations" da energética, Ana Fernandes, reiterou o que já tinha sido revelado pela KKR: as autoridades da concorrência só se devem pronunciar sobre a operação daqui a três meses.
Só deverá haver novidades da Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Greenvolt por parte da norte-americana Kohlberg Kravis Roberts (KKR) em maio. Pelo menos, esta é a crença da energética liderada por João Manso Neto.
"Não esperamos que aconteça alguma coisa até ao final de maio", afirmou Ana Fernandes, "head of investor relations" da Greenvolt, durante a apresentação dos resultados da emissão de dívida verde da empresa.
Quando questionada pelos jornalistas, a responsável pelo departamento de relação com o mercado reconheceu que "uma das coisas que perguntam muito é em que ponto está a operação".
Assim, Ana Fernandes recordou que para já – e de acordo com o que estava previsto no documento enviado pela KKR à CMVM – uma das condições da operação é que esta seja "aprovada por várias autoridades da concorrência em que tanto a Greenvolt como a KKR operam".
Por cá, a GVK Omega, a sociedade-veículo (SPV) criada KKR, notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da aquisição do "controlo exclusivo" sobre a Greenvolt. A notificação foi remetida à Concorrência na passada quarta-feira, dia 24 de janeiro.
Recorde-se que, quando do anúncio preliminar da OPA, a 21 de dezembro, foi revelado que a KKR já tinha chegado a acordo com os principais acionistas da Greenvolt para adquirir um total de 60,86% da Greenvolt.
As aquisições só deverão estar concluídas a partir de 31 de maio de 2024, após aprovação por parte da Autoridade da Concorrência Portuguesa e dos homólogos da Roménia, da Irlanda, do Reino Unido e da Alemanha, indicava a mesma nota.
Agora, Ana Fernande repete a "deadline" afirmando que "a KKR estima que até final do mês de maio tenha todas do seu lado".
Do lado da Greenvolt "não há muito que possa fazer", reconheceu a responsável do departamento das relações com os investidores da energética, recordando que a administração da Greenvolt já se pronunciou sobre a oferta, considerando-a "justa".