Notícia
Garantias de Yellen dão segunda sessão de ganhos a Wall Street
As bolsas dos Estados Unidos estão a beneficiar do optimismo em torno de um aumento mais gradual dos juros nos Estados Unidos e da subida dos preços do petróleo nos mercados internacionais.
As bolsas norte-americanas abriram em alta esta quarta-feira, 30 de Março, animadas pela perspectiva de uma subida mais lenta dos juros nos Estados Unidos.
O índice industrial Dow Jones ganha 0,35% para 17.695,30 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq soma 0,59% para 4.875,07 pontos. Já o S&P 500 valoriza 0,4% para 2.063,00 pontos, estando em terreno positivo pela terceira sessão consecutiva.
Na terça-feira, a presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, Janet Yellen, aconselhou cautela na condução da política monetária no país, uma vez que há menos margem para mais estímulos.
"Considero apropriado que o Comité [Federal do Mercado Aberto, ou FOMC] proceda cautelosamente no ajustamento da política monetária", defendeu Janet Yellen esta terça-feira, 29 de Março, num fórum em Nova Iorque. Para a presidente da Fed, "esta cautela é especialmente aconselhada dado que, com a taxa de referência tão baixa [entre 0,25% e 0,50%], a capacidade de o FOMC utilizar políticas monetárias convencionais para responder a distúrbios económicos é assimétrica".
As declarações de Yellen surgiram depois de três responsáveis do banco central terem já apontado para a possibilidade de uma subida dos juros em Abril. No entanto, a líder da Fed considera que os riscos são ainda elevados. "Um receio diz respeito ao ritmo do crescimento global, que é significativamente influenciado pelos desenvolvimentos na China", explicou Yellen, reconhecendo que a segunda maior economia mundial deverá abrandar.
Esta quarta-feira, foi revelado pela ADP que o sector privado criou 200 mil postos de trabalho em Março, acima das previsões dos economistas consultados pela Bloomberg que apontavam para um total de 195 mil.
A impulsionar os índices norte-americanos está ainda a forte subida dos preços petróleo nos mercados internacionais, que puxa pelas empresas do sector da energia e das matérias-primas.