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Galp e BES levam PSI-20 para terreno positivo

O principal índice da praça de Lisboa está de novo a negociar em terreno positivo. Na Europa, a tendência é igualmente de ganhos.

17 de Janeiro de 2014 às 12:03
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O PSI-20 está de novo a negociar no verde, somando 0,34%, para os 7.118,63 pontos, com 10 empresas em terreno positivo, oito em queda e duas inalteradas. A sessão desta sexta-feira está a ser marcada, na praça lisboeta, por oscilações entre ganhos e perdas. No início da sessão o PSI-20 abriu em terreno positivo e, menos de uma hora depois, já tinha invertido para terreno negativo.

 

Esta manhã, antes da abertura dos mercado na Europa, a agência de notação financeira Standard & Poor's (S&P) retirou Portugal de creditwatch – vigilância - negativo, o que significa que não deverá fazer alterações no rating do País no curto prazo (ou seja, durante os próximos 90 dias), mas manteve o outlook negativo devido aos riscos de instabilidade social e política. O rating foi mantido em BB mas este poderá ser alterado no espaço de seis a 24 meses.

 

A decisão de alterar o creditwatch reflecte a expectativa de que Portugal pode alcançar as metas orçamentais de 2013 e 2014, isto apesar "dos potenciais impedimentos legais e políticos". No entanto, a agência admite a possibilidade de reduzir o rating da dívida portuguesa ainda durante o ano de 2014, tendo mantindo assim o outlook negativo.

 

Na Europa, o sentimento é positivo, com excepção do índice grego. O germânico DAX lidera os ganhos, somando 0,53%.

 

Por cá, a impulsionar o PSI-20 está o BES que soma 1,92% para 1,272 euros. Esta sexta-feira, o Negócios escreve que o BES adoptou um conjunto de medidas para defender a solidez da instituição. Na edição de hoje, o Negócios escreve ainda que a instituição liderada por Ricardo Salgado é a terceira que mais sobe em toda a Europa. Ainda no sector financeiro, o BCP aprecia 1,07% para 0,189 euros. Já o BPI soma 0,20% para 1,48 euros, isto num dia em que a agência  Moody’s decidiu alterar a perspectiva do “rating” do banco de “negativa” para “estável”, mantendo a notação financeira em “lixo”. O Banif segue inalterado nos 0,0124 euros.

 

Na energia, o sentimento é positivo, com a Galp Energia a avançar 0,97% para 11,935 euros. O Negócios avançou ontem, dia de 16 de Janeiro, que a petrolífera é a sétima maior produtora de petróleo no Brasil. De Outubro para Novembro o grupo português escalou o “ranking” das maiores petrolíferas a actuar no Brasil, passando do 9º para o 7º lugar, e a subida pode não ficar por aqui: esta semana a plataforma Cidade de Paraty, no campo Lula, duplicou a sua produção de petróleo.

 

Já a EDP soma 0,35% para 2,856 euros e a EDP Renováveis aprecia 0,91% para 4,44 euros. Esta manhã, a empresa de energias limpas já tocou no valor mais elevado desde Janeiro de 2012, quando negociou nos 4,48 euros. Ontem, esta empresa assegurou o financiamento necessário para o primeiro parque eólico no Canadá, num empréstimo de longo prazo em moeda local e cujo pagamento será feito com recurso os meios gerados pelo projecto.

 

No retalho, a Jerónimo Martins cai 1,52% para 13,24 euros e a Sonae perde 0,71% para 1,251 euros.

 

Nas telecomunicações, a Portugal Telecom segue inalterada nos 3,55 euros, a Zon Optimus cede 0,62% para 5,26 euros e a Sonaecom desliza 0,12% para 2,514 euros.

 

A travar maiores ganhos na praça de Lisboa está a Mota-Engil que perde 6,72% para 5,037 euros. Até ontem, as acções da construtora davam aos investidores acesso directo à Mota-Engil África. A partir de hoje, isso já não acontece. Na próxima quarta-feira, 22 de Janeiro, é a data de destaque dos direitos que os accionistas vão receber e que, posteriormente, lhes darão acesso aos títulos da Mota-Engil África. A Mota-Engil vai dispersar 20% do capital da Mota-Engil África em bolsa, o que corresponde a 20 milhões de acções. As acções da construtora liderada por Gonçalo Moura Martins detidas até 16 de Janeiro darão direito a este dividendo extraordinário que equivale a 0,10334084 acções da Mota-Engil África.

 

Ainda no sector da construção, mas fora do PSI-20, a Teixeira Duarte que ontem encerrou a subir mais de 14%, segue agora em terreno negativo, perdendo 3,33% para 1,16 euros. A valorização desta empresa ontem deveu-se à celebração de um contrato na Venezuela no valor de 3,4 mil milhões de euros. Já a Soares da Costa, que ontem comunicou à CMVM a adjudicação de uma obra em Moçambique, segue a somar 5,08% para 0,62 euros.

 

No papel, a tendência é mista. A Semapa, que esta manhã já tocou no valor mais elevado desde Maio de 2008 quando negociou no 9,48 euros, segue a avançar 0,15% para 9,426 euros. Ontem, o Caixa BI reviu o avaliação desta empresa. Para o banco, o novo preço-alvo para os próximos 12 meses é de 9,60 euros, o que representa uma subida de 57% face ao anterior “target” de 6,10 euros. O potencial de valorização é, contudo, de apenas 2,1% tendo em conta que os títulos encerraram a sessão desta quinta-feira, 16 de Janeiro, nos 9,40 euros.

 

Ainda neste sector, a Portucel desce 0,41% para 3,127 euros e a Altri cede 0,75% para 2,52 euros.

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