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Galp e Nos levam bolsa nacional para terreno negativo
As praças europeias, que também negoceiam no vermelho, caminham para a terceira semana consecutiva de ganhos.
A bolsa nacional inverteu para terreno negativo, em linha com o comportamento das principais praças europeias, numa sessão que se prevê calma devido à ausência de muitos investidores nos Estados Unidos devido ao feriado de Acção de Graças. Wall Street regressa hoje à negociação depois da pausa de ontem.
O PSI-20 perde 0,64% para 4.415,89 pontos, com 13 cotadas em queda, três em baixa e as restantes sem variação. Nas praças europeias o sentimento também é negativo, embora na semana os índices conservem um saldo positivo. Será a terceira semana consecutiva de ganhos, motivados sobretudo pela vitória de Donald Trump nas eleições nos Estados Unidos.
A pressionar a praça portuguesa está a Galp Energia, que cede 1,06% para 12,615 euros, numa sessão em que o petróleo está também em terreno negativo devido às dúvidas crescentes sobre a execução do acordo na OPEP para cortar produção. O Brent, a negociar em Londres, desvaloriza 0,9% para 48,56 dólares.
Ainda no sector energético a tendência é mista. A EDP avança 0,11% para 2,695 euros e a EDP Renováveis cede 0,52% para 5,976 euros.
A NOS também se destaca nas perdas, com uma queda de 3,02% para 5,387 euros, depois do Santander ter cortado a recomendação da cotada para "manter", com um preço alvo de 6,25 euros.
Na banca o BCP também inverteu para terreno negativo, com uma queda de 0,18% para 1,188 euros. Ontem a Standard & Poor’s manteve o rating da instituição em "B+", com um "outlook" positivo. A agência assinala que o aumento de capital de 175 milhões de euros para acomodar a entrada da Fosun não tem a dimensão suficiente para que seja adoptada uma "visão mais positiva" sobre o impacto da operação.
Ainda em queda está a Jerónimo Martins, com uma descida de 0,37% para 14,65 euros. A Navigator cede 0,49% para 2,84 euros e a Altri soma 1,07% para 2,588 euros, sendo que as duas cotadas têm beneficiado recentemente com a alta do dólar, que motivou recomendações positivas de vários analistas.
As acções das duas cotadas do sector da pasta e papel subiram mais de 3% na sessão de quinta-feira, sustentadas pela revisão em alta dos preços-alvo de ambas as cotadas por parte do Haitong. A casa de investimento justificou estas subidas dos "targets" com os sinais de que haverá uma menor oferta de pasta de papel nos primeiros seis meses de 2017 e também devido ao facto de o dólar continuar a valorizar, o que "ajuda os produtores de pasta europeus a anular o efeito dos preços da pasta mais baixos, já que têm a maior parte dos custos registados em euros enquanto o preço de venda é definido em dólares".