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Fundo soberano de Singapura paga 19,62 euros por ação da EDP Renováveis no aumento de mil milhões do capital

A GIC está disponível para subscrever na íntegra as ações emitidas pela eólica liderada por Miguel Stilwell d'Andrade. Contudo, a empresa ainda poderá desviar 150 milhões para outros grandes investidores, ao mesmo preço.

Bárbara Silva / Negócios
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O fundo soberano de Singapura (GIC) vai pagar 19,62 euros por ação da EDP Renováveis que vai comprar no aumento de capital. Após ter anunciado esta madrugada a operação, a energética avançou em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) os termos da operação, que já tem aprovação do conselho de administração.

"Como parte desta operação de aumento de capital, a EDPR celebrou um acordo de investimento a 1 de março de 2023 com a Lisson Grove Investment", uma afiliada da GIC, no qual esta se comprometeu "às condições do mercado e a um período de 'lock-up' de 90 dias, a subscrever cerca de 1 mil milhões de euros a um preço de 19,62 euros", explica.

Em comparação com o preço de fecho da ação na bolsa de Lisboa na última sessão (19,34 euros), representa um prémio de 1,45%. Desde então, na sessão desta quarta-feira, os títulos ganharam mais 5,33% no PSI, tendo fechado nos 20,37 euros por ação.

No âmbito do acordo, a EDPR tem, contudo, "o direito de decidir não atribuir à GIC o montante total", tendo a opção de realocar até 150 milhões de euros que poderá oferecer a um conjunto de investidores qualificados ao mesmo preço acordado com a GIC. A empresa perspectiva que os investidores recebam as ações atribuídas "no, ou perto do, dia 7 de março".

A EDP Renováveis anunciou esta madrugada a operação de aumento de capital de mil milhões de euros inteiramente suportado por um acordo de investimento com o fundo soberano de Singapura, um dos principais investidores mundiais a longo prazo.

Além deste, também a EDP vai fazer um aumento de capital no mesmo valor para financiar a oferta pública de aquisição (OPA) que está a lançar sobre o capital social da sua subsidiária EDP Brasil que ainda não detém (atualmente é dona de 56%). A operação prevê também a retirada de bolsa da EDP Brasil, com o objetivo de promover a simplificação corporativa.

Sobre esta segunda operação, a empresa revela, num segundo comunicado, que o conselho de administração executivo recebeu um parecer prévio favorável do conselho geral e de supervisão e aprovou o lançamento do "accelerated bookbuilding" (ABB).

"O aumento de capital dependerá da conclusão bem-sucedida do ABB e deverá ser aprovado pelo conselho de administração executivo a 3 de março de 2023, sem direitos de preferência", explica. As novas ações "serão oferecidas para subscrição por investidores qualificados e/ou institucionais selecionados".

A maior acionistas da energética, a China Three Gorges, bem como a Lisson Grove Investment e uma afiliada da Abu Dhabi Investment Authority já se comprometeram a subscrever, em conjunto, um montante até 600 milhões de euros, consoante o preço estabelecido na operação, que ainda não é conhecido.

Os títulos da EDP desvalorizaram esta quinta-feira na bolsa de Lisboa 1,57% para 4,634 euros por ação.

(Notícia atualizada às 18:00)
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