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Fracas vendas no retalho e ameaça de emergência nacional desanimam Wall Street

As bolsas dos EUA encerraram em baixa, com exceção do Nasdaq, que foi animado pelo bom desempenho geral das tecnológicas. O fraco volume de vendas a retalho e a "nuvem" da emergência nacional, que Trump promete acionar, ditaram as quebras do Dow e S&P 500.

Reuters
14 de Fevereiro de 2019 às 21:29
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O Dow Jones encerrou a ceder 0,41% para 25.439,39 pontos e o Standard & Poor’s 500 recuou 0,27% para 2.745,73 pontos.

 

Em contrapartida, o tecnológico Nasdaq Composite registou uma subida ligeira, de 0,09%, para 7.426,95 pontos – animado pela boa performance generalizada das cotadas do setor.

 

As vendas a retalho nos EUA registaram em dezembro a maior queda em mais de nove anos, apontando para uma forte desaceleração da atividade económica no final de 2018, o que desanimou os investidores – numa altura em que também as conversações comerciais entre Washington e Pequim continuam a dominar as atenções, já que a ausência de um acordo irá renovar as tensões – e tarifas aduaneiras adicionais – entre as duas maiores economias do mundo.

 

Por outro lado, apesar de a ameaça de um novo "shutdown" parecer estar afastada, há novas "nuvens" no horizonte.

 

O líder da maioria republicana no Senado dos EUA, Mitch McConnell, declarou hoje que o presidente Donald Trump dará luz verde ao plano de financiamento federal delineado pelo Congresso – que permite que os serviços federais continuem todos a funcionar, o que afasta a ameaça de um novo "shutdown" parcial do governo.

 

No entanto, Trump irá declarar a emergência nacional para garantir mais dinheiro e conseguir assim construir o muro ao longo da fronteira com o México, acrescentou McConnell.

 

A líder democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, já fez entretanto saber que poderá intentar uma ação judicial se Trump declarar emergência nacional para conseguir financiamento para o muro.

 

Este clima de incerteza contribuiu assim para mais uma sessão no vermelho do outro lado do Atlântico.

 

O setor da banca foi o mais pressionado esta quinta-feira, num dia em que os juros da dívida soberana dos EUA quebraram momentaneamente os 2,65%.

 

Do lado negativo, destaque também para a Coca-Cola, que registou a maior perda em 10 anos depois de apresentar estimativas dececionantes para o trimestre em curso.

 

Pela positiva, sobressaíram as cotadas dos setores tecnológico e energético (em dia de subida das cotações do petróleo).

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