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Fed fortalece dólar e atira Wall Street ao chão
Os mercados accionistas do outro lado do Atlântico inverteram para terreno negativo, ao passo que o dólar reforçou os ganhos face às principais moedas, depois de a Fed manter os juros no actual nível mas sinalizar uma subida para o próximo mês.
O índice industrial Dow Jones fechou a recuar 0,06% para 26.165,05 pontos na sessão desta quinta-feira e o Standard & Poor’s 500 cedeu 0,25% para 2.806,84 pontos.
Também o tecnológico Nasdaq Composite negociou em baixa, encerrando a perder 0,53% para 7.530,89 pontos.
Os investidores já tinham descontado, em grande medida, uma manutenção da taxa directora por parte da Reserva Federal norte-americana, pelo que preferiram focar-se nos possíveis sinais sobre o ritmo de endurecimento da política monetária nos próximos tempos.
Ora, o banco central reiterou que vai prosseguir a via da normalização da política monetária, aludindo a "mais aumentos graduais", o que foi entendido como um sinal de que no próximo mês a Fed deverá decidir-se por uma nova subida dos juros – a quarta este ano.
Foi o suficiente para o dólar fortalecer face às principais moedas, ao passo que Wall Street retrocedeu para terreno negativo.
As cotadas do sector tecnológico regressaram às perdas, sobretudo depois de o CEO da Square, Jack Dorsey (que também lidera o Twitter, que co-fundou) ter apresentado estimativas decepcionantes para os resultados da empresa.
Ainda no mesmo sector, a Roku Inc reportou uma desaceleração do crescimento, o que contribuiu para agravar a tendência negativa nas tecnologias.
A penalizar estiveram também os títulos ligados à energia, num dia de queda dos preços do petróleo – com o crude de referência dos Estados Unidos, o West Texas Intermediate, a entrar em "bear market".
Na quarta-feira, as principais bolsas norte-americanas tinham fechado a subir mais de 2%, com os investidores a aplaudirem os resultados das eleições intercalares nos EUA, que devolveram a maioria da Câmara dos Representantes aos democratas e seguraram o controlo do Senado por parte dos republicanos.
Os investidores preferem o poder dividido, pois assim os partidos têm de conciliar pontos de vista para chegarem a algum lado, sublinhou um analista à CNN Money.