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FAANG pressionadas pelas tensões comerciais não retiram Nasdaq do verde
As bolsas norte-americanas encerraram generalizadamente em alta, com excepção do Dow Jones. As principais tecnológicas penalizaram mas o Nasdaq manteve-se em terreno positivo.
O Dow Jones fechou a sessão desta segunda-feira a ceder 0,23% para 25.857,07 pontos, pressionado sobretudo pelas tensões comerciais entre os EUA e a China, que continuam a pesar no optimismo dos investidores.
No entanto, as restantes grandes congéneres conseguiram encerrar em terreno positivo. O Standard & Poor’s 500 avançou 0,19% para 2.877,13 pontos, e o tecnológico Nasdaq Composite ganhou 0,27% para se fixar nos 7.924,16 pontos.
As FAANG (Facebook, Amazon, Netflix e Google [detida pela Alphabet]) revelaram alguma debilidade devido aos receios da guerra comercial entre Washington e Pequim. Só a Apple cedeu 1,34% para 218,33 dólares.
Ainda assim, o Nasdaq conseguiu encerrar no verde, sobretudo à conta dos ganhos da Microsoft.
O facto de a Administração Trump ter anunciado novos cortes de impostos (que vêm juntar-se aos da reforma fiscal de Dezembro de 2017) ajudou a manter algum optimismo, mas os receios em várias frentes apelam à cautela.
Os investidores continuam atentos ao que se passa na Casa Branca, não só no que diz respeito ao tema do comércio [o presidente norte-americano disse na sexta-feira está preparado para impor em breve novas tarifas sobre todos os bens importados da China], mas também na vertente política pura e dura.
Um artigo anónimo publicado no The New York Times dizia que existe um grupo de funcionários dentro da Casa Branca que trabalha para conter os impulsos do presidente e moldar a sua agenda – o que gerou uma nova crise na Administração norte-americana.
O artigo foi publicado depois do livro do jornalista Bob Woodward que fala de membros da Administração Trump preocupados com o que se está a passar e que ocultam informação sensível ao presidente para evitarem as suas reacções impulsivas. O autor anónimo do artigo publicado no NYT sublinha que "a raiz do problema está na amoralidade do presidente". "Quem quer que tenha trabalhado com ele sabe que não se rege por um princípio discernível que oriente a sua tomada de decisões", refere o mesmo artigo.