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Época de resultados leva ganhos moderados à Europa
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.
Época de resultados leva ganhos moderados à Europa
As bolsas europeias encerraram esta quarta-feira a valorizar, ainda que a um ritmo menor que nos dias anteriores, com os investidores a avaliarem os resultados das empresas e a prepararem-se para outra subida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE), amanhã.
O índice Stoxx 600 - que agrega as principais empresas de Europa e é negociado em Londres - avançou 0,66%, para os 410,31 pontos. O setor da construção foi o que mais ganhou, impulsionado por resultados melhores que o esperado de empresas como a Assa Abloy AB e a Skanska AB. Já o tecnológico teve o pior desempenho, após resultados desapontantes da Alphabet e Microsoft.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 1,09%, o francês CAC-40 valorizou 0,41%, o italiano FTSEMIB avançou 0,45%, o espanhol IBEX 35 pulou 0,97% e o britânico FTSE 100 ganhou 0,61%. Só em Amesterdão é que o AEX registou um decréscimo de 0,09%.
Os investidores estão agora atentos à reunião do BCE, em que se espera o anúncio de uma subida das taxas de juro de 75 pontos base - uma medida desenhada com o objetivo de travar a inflação.
"O mercado está à espera de um tom muito agressivo nos comentários do BCE, que pode acabar com o 'rally' médio a que temos assistido nas bolsas desde meados de outubro", disse à Bloomberg Francisco Simon, do Santander AM.
Petróleo dispara entre 2% e 3% impulsionado pela queda do dólar e "stocks" nos EUA
O petróleo sobe tanto em Londres como em Nova Iorque, impulsionado pela queda do indicador de força do dólar e pela descida dos números dos "stocks" de crude e derivados nos EUA.
O West Texas Intermediate (WTI), que serve de referência para os EUA, soma 3,46% para 88,03 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cresce 2,44% para 95,80 dólares por barril.
No caso concreto do WTI, a cotação ficou acima da média móvel a 50 dias – um indicador importante de análise técnica – depois de estar abaixo desta média durante várias sessões, desencadeando um sentimento de compra, de acordo com Dennis Kissler, vice-presidente da Bok Financial Securities, citado pela Bloomberg.
O dólar tem servido de travão ao "rally" do petróleo, já que a subida da nota verde penaliza os investidores que negoceiam com outras moedas. Além disso, as exportações de petróleo dos EUA atingiram um nível recorde, segundo os dados avançados pela administração norte-americana.
A par disso, os "stocks" de gasolina e gasóleo na costa Leste dos EUA – que já estavam em níveis bastante abaixos – encolheram ainda mais.
Juros aliviam na Zona Euro na véspera da reunião do BCE
Os juros aliviam na Zona Euro, em vésperas da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para a Zona Euro – alivia 5,3 pontos base para 2,111%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana com a mesma maturidade subtraem 4 pontos base para 4,317%.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida espanhola dez anos perde 3,6 pontos base para 3,201%, enquanto os juros das obrigações portuguesas com a mesma maturidade subtraem 3,7 pontos base para 3,120%.
Euro bate máximos de 5 semanas e supera paridade face ao dólar
O euro superou a paridade com a nota verde. Já o indicador da força do dólar cai pelo segundo dia com os investidores à procura de pistas sobre o futuro da política monetária da Fed.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a nota verde contra dez divisas rivais – cai 0,60% para 110,289 pontos, dando continuidade às perdas desta segunda-feira, quando foi dada a conhecer uma deterioração da confiança dos consumidores nos EUA em outubro, dando assim sustento a um possível alívio no ritmo da subida dos juros diretores.
"Talvez tenhamos de esperar pela conferência de imprensa de Jerome Powell [presidente da Fed] na próxima semana para confirmar ou rejeitar a narrativa de uma pausa na subida dos juros", escreveu a RBC Capital Markets numa nota de "research" enviada aos clientes.
Já o euro conseguiu durante o dia superar a paridade contra a nota verde, tendo alcançado máximos de cinco anos ao tocar em 1,1620 dólares, tendo entretanto aliviado para 1,0022 dólares.
Euro volta à paridade com o dólar pela primeira vez desde 20 de setembro
O euro está esta quarta-feira a negociar acima da paridade com o dólar, estando neste momento a avançar 0,70% para 1.0036 dólares. A moeda única está a beneficiar de um recuo na nota verde, numa altura em que os investidores estão de olhos postos no próximo encontro da Fed, a 1 e 2 de novembro.
A moeda europeia voltou assim a negociar acima da paridade pela primeira vez desde o dia 20 de setembro, quando valia 1.0024 dólares.
Esta semana é de grande relevância para os mercados, que aguardam os próximos passos de vários bancos centrais, entre os quais o Banco Central Europeu e a Reserva Federal norte-americana.
Europa negoceia mista após arranque no vermelho
As bolsas europeias arrancaram no vermelho, pressionadas pelo setor das tecnológicas, mas seguem a esta hora a negociar mistas.
O Stoxx 600 - referência para a Europa - sobe 0,14% para 408,19 pontos, com o setor industrial a ser o que mais impulsiona o índice, 1,07%, e o das tecnológicas o que mais pressiona (-0,93%), arrastado pelos resultados desapontantes de gigantes como a Google e a Microsoft,
Entre as cotadas, a Heineken é a que mais cai. A empresa de cerveja holandesa perde 8,07% em bolsa, depois de ter divulgado que já vê sinais de redução da procura, com as vendas do terceiro trimestre a ficarem aquém das estimativas.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax sobe 0,41%, o francês CAC-40 valoriza 0,32%, o italiano FTSEMIB avançou 0,12%, o espanhol IBEX 35 cede 0,25% e em Amesterdão, o AEX desce 0,77%. Já o britânico FTSE 100 soma 0,17%.
As atenções estão agora centradas na decisão do Banco Central Europeu sobre a subida das taxas de juro, que será anunciada na quinta-feira. O mercado dá como certo um aumento de 75 pontos base, sendo que, a confirmar-se, será o terceiro aumento consecutivo.
A ligeira contração da atividade empresarial em outubro agravou os receios de que a Zona Euro está cada vez mais próxima de uma recesão.
Juros agravam ligeiramente na Zona Euro
Os juros da dívida soberana na Zona Euro estão a aliviar, num dia em que as bolsas europeias seguem a negociar maioritariamente no vermelho.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a Zona Euro – agravam 0,1 pontos base para 2,165%, enquanto os juros obrigações italianas sobem 2 pontos base para 4,377%, e a "yield" da dívida francesa soma 0,4 pontos base para 2,697%.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional avança 1,2 pontos base para 3,169% enquanto os juros das obrigações espanholas crescem 1,3 pontos base para 3,250%.
Fora da Zona Euro, no Reino Unido, os juros da dívida britânica aliviam 1,6 pontos base para 3,603%.
Euro aproxima-se da paridade com o dólar
O euro está a valorizar face ao dólar, numa altura em que a nota verde perde força dias antes antes da reunião do banco central norte-americano.
A moeda única europeia avança 0,24% para 0,9990 dólares, estando cada vez mais próximo da paridade com o dólar, também em vésperas do encontro do BCE.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais -, desce 0,23% para 110,715 pontos, recuando para mínimos de três semanas. Isto numa altura em que os investidores aguardam para perceber se a Fed vai abrandar o ritmo dos aumentos das taxas de juro.
A libra esterlina continua esta quarta-feira a valorizar face ao euro e ao dólar, estando a subir 0,28% para 1,1541 euros e 0,66% para 1,1548 dólares.
As perspetivas de um abrandamento por parte da autoridade monetária acentuaram-se após a presidente da Fed de São Francisco, Mary Daly, ter revelado que os decisores deveriam começar a preparar-se para uma redução do aumento das taxas, uma vez que uma série de indicadores do outro lado do Atlântico, entre os quais o preço da habitação e a confiança dos consumidores, ficaram abaixo das previsões dos economistas. Um cenário que pode já ser reflexo do impacto dos sucessivos aumentos na maior economia do mundo.
Ouro sobe com investidores de olho na Fed
O ouro segue a valorizar durante a sessão desta quarta-feira, numa altura em que os investidores aguardam pelo encontro da Fed da próxima semana. O mercado espera obter da próxima reunião, que decorre entre 1 e 2 de novembro, pistas sobre se poderá estar para breve um potencial alívio do ritmo da subida das taxas de juro.
Essa expetativa colocou um travão à escalada do dólar e levou a um alívio das taxas de juros, dando assim novo brilho ao ouro.
O metal amarelo avança 0,85% para 1.667,17 dólares por onça, ao passo que a platina sobe 1,11% para 929,35 dólares e o paládio soma 1,57% para 1.965,84 dólares. Já a prata cresce 1,13% para 19,57 dólares.
O ano de 2022 foi de grande volatilidade para o ouro, com os preços desta matéria-prima a atingirem um novo máximo em março, após a invasão russa da Ucrânia. Contudo, o aumento das taxas de juro para travar a elevada inflação colocou um travão à escalada do metal, que desde esse pico tombou perto de 20%.
Inventários de crude pressionam petróleo. Gás volta a subir
O petróleo segue a desvalorizar, após ter sido divulgado que o relatório do inventário de crude mostra um aumento das reservas norte-americanas. Por outro lado, a possibilidade de uma redução da procura deixou os investidores preocupados, penalizando a negociação do "ouro negro".
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desvaloriza 0,75% para 84,68 dólares por barril, caindo abaixo dos 85 dólares. Já o Brent do Mar do Norte - referência para as importações europeias - cai 1,10% para 92,49 dólares por barril.
A associação comercial norte-americana American Petroleum Institute (API) reportou esta manhã que o nível dos stocks de crude aumentou em 4,5 milhões de barris na passada semana, segundo a Bloomberg. A informação será oficialmente divulgada durante o dia de hoje.
Já o gás negociado em Amesterdão (TTF), que serve de referência para o mercado europeu, sobe 4,21% para 104 euros por megawatt-hora. O gás natural voltou assim a subir acima dos 100 euros por megawatt-hora, depois de na terça-feira ter caído abaixo deste valor impulsionado pelas previsões de temperaturas atípicas durante o mês de novembro.
Os ministros da Energia da União Europeia voltam a reunir-se num encontro extraordinário em 24 de novembro para votar as propostas da Comissão Europeia para enfrentar os elevados preços da energia, continuando divididos sobre tetos temporários no gás.
Europa aponta para ligeira queda. Ásia fecha no verde
A Europa aponta para um arranque de negociação em terreno negativo, enquanto a Ásia fechou a sessão desta quarta-feira no verde.
Os futuros sobre o Euro Stoxx cedem 0,3%, numa altura em que o mercado assimila as contas de gigantes tecnológicas como a Microsoft e a Google, que ficaram aquém das expetativas.
Antes do arranque da sessão, o destaque vai para empresas como o Deutsche Bank, que aumentou as previsões de receita para o trimestre em curso, e a operadora espanhola Telefonica, que esta terça-feira anunciou que vai receber um reembolso fiscal de 1,3 mil milhões de euros no quarto trimestre.
Na Ásia, o fecho da negociação foi pintado de verde, com os índices da China, do Japão e da Coreia do Sul a valorizarem.
Na China, o Shangai Composite 0,53%, no Japão, o Topix somou 0,58% e o Nikkei 0,70%. Já em Hong Kong, o Hang Seng valorizou 0,38% e na Coreia do Sul, o Kospi cresceu 0,69%.
A compromisso do banco central e do regulador chinês em assegurar a "estabilidade" da moeda e dos mercados chineses foi um dos motivos que contribuiu para o ânimo dos mercados financeiros asiáticos.