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"Big Tech", Blinken e Fed atiram Wall Street ao chão
O dia foi marcado pela reação do mercado aos resultados da Alphabet e Microsoft, pelas declarações de Antony Blinken sobre as negociações com Teerão e ainda pela caça às pistas sobre a decisão que será tomada na próxima reunião de política monetária da Fed.
Wall Street encerrou a sessão predominantemente em terreno negativo, pressionada sobretudo pelos resultados das "Big Tech" e numa altura em que os investidores se preparam para a próxima reunião de política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed), que ocorre nos primeiros dois dias de novembro.
O industrial Dow Jones terminou o dia na linha d' água (0,01%) em 31.839,11 pontos. Por sua vez, o "benchmark" mundial por excelência, S&P 500 perdeu 0,74% para 3.830,60 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq desvalorizou 2,04% para 10.970,99 pontos.
A Alphabet caiu 8,98% depois de esta terça-feira –após o fim da sessão – ter divulgado resultados trimestrais que ficaram aquém das expectativas. A empresa-mãe da Google faturou no terceiro trimestre 57,27 mil milhões de dólares, excluindo custos de aquisição de tráfego (TAC), abaixo dos 58,18 mil milhões esperados pelos analistas.
Também os lucros trimestrais, que caíram 26,5% em termos homólogos para 13,91 mil milhões de dólares, falharam as estimativas do mercado.
Já a Microsoft viu os lucros trimestrais recuarem 14%, para 17,6 mil milhões de dólares, ainda assim superando as previsões do mercado, que apontavam para resultados líquidos de 17,1 mil milhões.
Esta quarta-feira após o fecho é tempo da Meta, casa-mãe do Facebook, Whastapp e Instagram apresentar resultados.
Durante a sessão os investidores estiveram ainda a digerir os mais recentes dados económicos. As vendas de casas nos EUA caíram em setembro, dando sustento à especulação de que a Fed pode abrandar o ritmo de subida das taxas de juro devido a um cenário de desaceleração económica.
O sentimento da sessão foi ainda influenciado pela decisão do Banco do Canadá de abrandar a velocidade no caminho de endurecimento da política monetária. O banco central subiu as taxas em 50 pontos base para 3,75%, abaixo dos 75 pontos base esperados pelo mercado e pela maioria dos economistas.
Por fim, o dia foi ainda marcado pelas declarações do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken que antecipou não ver avanços das negociações com o Irão a curto prazo.