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EDP com mais longa série de ganhos em meio ano após sair de "lixo"

A eléctrica liderada por António Mexia negociou em alta nesta quarta-feira, elevando para oito o número de sessões consecutivas a valorizar, isto depois de ontem a S&P ter retirado a dívida da empresa do nível "lixo". Trata-se do maior ciclo de valorizações desde Fevereiro.

Bruno Simão/Negócios
09 de Agosto de 2017 às 17:16
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Com a valorização de 0,32% para 3,168 euros registada na sessão bolsista desta quarta-feira, 9 de Agosto, a EDP acumulou oito dias consecutivos a negociar em terreno positivo, o que representa a mais longa série de ganhos desde que em 23 de Fevereiro último culminou nove dias seguidos sem quedas em bolsa.

 

Nesta quarta-feira, a empresa liderada por António Mexia chegou mesmo a negociar nos 3,178 euros, o valor mais alto desde 14 de Junho passado. Não foi uma sessão de grande liquidez para os títulos da companhia, já que trocaram de mãos menos de 5,88 milhões de acções da empresa, o que compara com a média diária dos últimos seis meses que se fixa em mais de 6,98 milhões de títulos accionistas.

 

Desde o início de 2017, a EDP acumula uma valorização de 9,47% para uma capitalização bolsista que se fixa actualmente nos 11,58 milhões de euros.

 

O desempenho verificado na sessão de hoje acontece depois de na terça-feira a agência de notação financeira Standard & Poor’s ter aumentado o "rating" da eléctrica de "BB+" para "BBB-". Ou seja, retirou a avaliação à EDP do nível considerado como "investimento especulativo", comummente designado de "lixo".

 

Com esta decisão, já nenhuma das três principais agências de notação (incluindo também as norte-americanas Fitch e Moody’s) atribui um "rating" considerado lixo à empresa maioritariamente detida pela China Three Gorges.  

 

A decisão da S&P foi justificada por quatro factores essenciais: a melhoria do desempenho operacional da empresa, o reforço das métricas de crédito, a perspectiva de diminuição da dívida e ainda a maior simplificação do grupo resultante da compra de posições minoritárias na EDP Renováveis.

 

Na oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre a EDP Renováveis, a EDP acabou por apenas adquirir 5% da sua filial, permitindo à companhia chefiada por Mexia passar a controlar um total de 82,56% daquela.

 

Esta operação foi vista com bons olhos pelos analistas, que consideram o negócio como potencialmente favorável para as acções da EDP Renováveis e como positivo para a EDP que, assim, reforça a capacidade para reduzir a respectiva dívida.

 

Esta OPA foi aproveitada por 11 administradores da EDP Renováveis para alienarem as suas posições no capital social da empresa, garantindo um encaixe total de 278 mil euros.

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