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EDP cai para mínimos de quase dois meses com proposta da ERSE

As acções da eléctrica estão a negociar em terreno negativo pela 10ª vez em 11 sessões, depois de a ERSE ter proposto um corte significativo no valor pago pelos contribuintes à eléctrica devido aos CMEC.

Bruno Simão/Negócios
02 de Outubro de 2017 às 11:52
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As acções da EDP estão a negociar no valor mais baixo em quase dois meses, depois de a ERSE ter proposto, na sexta-feira, que os consumidores paguem menos 165 milhões de euros por ano à eléctrica, nos próximos dez anos, no âmbito dos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC).

 

Os títulos recuam 2,26% para 3,113 euros – a cotação mais baixa desde 11 de Agosto – naquela que é já a décima sessão de perdas em 11.

 

Numa nota de research divulgada esta manhã, os analistas do CaixaBI referem que a ERSE irá divulgar a sua proposta final e documento completo no próximo dia 15 de Outubro, podendo haver, até lá, "uma volatilidade acrescida e uma reacção negativa nas acções da EDP face às notícias divulgadas".

 

Também o Haitong adianta que as notícias são "negativas" para a EDP, e que o valor proposto pelo regulador fica abaixo das suas estimativas e das do mercado.

 

Na sexta-feira, a ERSE propôs que a EDP venha a receber entre 2017 e 2027 85 milhões de euros por ano, num total de 850 milhões, depois de ter recebido, entre 2007 e 2017 250 milhões de euros ao ano, num total de 2.500 milhões.

 

O parecer, não vinculativo, foi enviado pelo regulador ao Governo, a quem cabe a palavra final sobre o valor dos contratos CMEC para os próximos dez anos.

 

Em pouco mais de três horas de negociação já trocaram de mãos mais de 4 milhões de acções da EDP, quando a média diária dos últimos seis meses é de 6,4 milhões.

 

Os títulos da eléctrica liderada por António Mexia ganham 7,74% desde o início do ano. 

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