Notícia
Economia mundial a travar e juros norte-americanos em máximos pressionam Wall Street
O S&P 500 e o Nasdaq desvalorizam há quatro sessões consecutivas. Wall Street continua a ser pressionada pela subida dos juros da dívida norte-americana, mas também pela revisão em baixa do PIB mundial por parte do FMI.
As bolsas norte-americanas abriram em terreno negativo esta terça-feira, 9 de Outubro, dia em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa as previsões para a economia mundial. A causa por detrás da queda das expectativas do FMI é a guerra comercial, em particular a repercussão das tarifas impostas reciprocamente pelos Estados Unidos e pela China. Além disso, o aperto da política monetária da Fed e a subida dos juros da dívida para máximos de sete anos estão a pressionar os mercados.
Na abertura desta sessão, o Nasdaq desce 0,1% para os 7.727,39 pontos e o S&P 500 desliza 0,11% para os 2.881,06 pontos. Ambos os índices estão há quatro sessões consecutivas em queda. Já o Dow Jones desvaloriza 0,24% para os 26.428,39 pontos.
Com a divulgação do World Economic Outlook, o FMI reviu em baixa o crescimento económico mundial de 2018 e 2019, em particular as estimativas para o próximo ano da economia norte-americana e da chinesa. Segundo o Fundo, estes vão ser os dois países mais afectados pela guerra comercial em 2019. "A revisão em baixa do FMI só mostra como a disputa das tarifas entre EUA e China está a começar a afectar a economia mundial", assinala o economista-chefe da Spartan Capital Securities, Peter Cardilllo, à Reuters.
Além dos receios face à guerra comercial e ao seu impacto no crescimento do PIB, Wall Street tem sido pressionada pelos juros da dívida norte-americana que, no prazo a dez anos, estão em máximos de sete anos. Os juros têm subido à boleia da expectativa de que a Reserva Federal tem motivos para continuar a encarecer o 'preço' do dinheiro, apertando a política monetária numa altura em que há praticamente pleno emprego e a inflação está a subir. A subida dos juros aumenta o custo do financiamento das empresas e, potencialmente, os seus resultados, o que diminui os dividendos distribuídos.
As acções norte-americanas têm estado a negociar perto de valores recorde, o que tem levantado questões sobre a sustentabilidade dessa valorização, especialmente em cotadas com grande ritmo de crescimento como as tecnológicas. "Um catalisador como os lucros dará aos investidores alguma coisa, mas neste momento há uma continuação das notícias negativas para as acções com juros mais elevados e uma desaceleração do crescimento global", assinala Peter Cardillo.
O sector tecnológico foi dos mais penalizados na sessão de ontem. As FAANG – Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google [detida pela Alphabet] – perderam todas terreno esta segunda-feira. A Google teve a pressão extra de anunciar o encerramento da rede social Google+ devido a um "bug" que pode ter colocado em causa até meio milhão de contas dos seus utilizadores.
Minutos após um arranque negativo, as acções das FAANG inverteram a tendência e estão agora a puxar pelo Nasdaq que passou a registar ganhos. As acções do Facebook, por exemplo, estão a subir mais de 1%. Pelo mesmo caminho vão as acções da Amazon ou Netflix. Já as acções da Alphabet valorizam 0,2% no dia em que a Google apresenta novidades, nomeadamente os smartphones Pixel, no seu grande evento anual.
No final desta semana começa a época de resultados relativa ao terceiro trimestre. De acordo com a CNBC, que cita dados da FactSet, a expectativa é que os lucros das cotadas tenham subido 19% entre Julho e Setembro.
(Notícia actualizada pela última vez às 14h53)
Na abertura desta sessão, o Nasdaq desce 0,1% para os 7.727,39 pontos e o S&P 500 desliza 0,11% para os 2.881,06 pontos. Ambos os índices estão há quatro sessões consecutivas em queda. Já o Dow Jones desvaloriza 0,24% para os 26.428,39 pontos.
Além dos receios face à guerra comercial e ao seu impacto no crescimento do PIB, Wall Street tem sido pressionada pelos juros da dívida norte-americana que, no prazo a dez anos, estão em máximos de sete anos. Os juros têm subido à boleia da expectativa de que a Reserva Federal tem motivos para continuar a encarecer o 'preço' do dinheiro, apertando a política monetária numa altura em que há praticamente pleno emprego e a inflação está a subir. A subida dos juros aumenta o custo do financiamento das empresas e, potencialmente, os seus resultados, o que diminui os dividendos distribuídos.
As acções norte-americanas têm estado a negociar perto de valores recorde, o que tem levantado questões sobre a sustentabilidade dessa valorização, especialmente em cotadas com grande ritmo de crescimento como as tecnológicas. "Um catalisador como os lucros dará aos investidores alguma coisa, mas neste momento há uma continuação das notícias negativas para as acções com juros mais elevados e uma desaceleração do crescimento global", assinala Peter Cardillo.
O sector tecnológico foi dos mais penalizados na sessão de ontem. As FAANG – Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google [detida pela Alphabet] – perderam todas terreno esta segunda-feira. A Google teve a pressão extra de anunciar o encerramento da rede social Google+ devido a um "bug" que pode ter colocado em causa até meio milhão de contas dos seus utilizadores.
Minutos após um arranque negativo, as acções das FAANG inverteram a tendência e estão agora a puxar pelo Nasdaq que passou a registar ganhos. As acções do Facebook, por exemplo, estão a subir mais de 1%. Pelo mesmo caminho vão as acções da Amazon ou Netflix. Já as acções da Alphabet valorizam 0,2% no dia em que a Google apresenta novidades, nomeadamente os smartphones Pixel, no seu grande evento anual.
No final desta semana começa a época de resultados relativa ao terceiro trimestre. De acordo com a CNBC, que cita dados da FactSet, a expectativa é que os lucros das cotadas tenham subido 19% entre Julho e Setembro.
(Notícia actualizada pela última vez às 14h53)