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Dow e S&P 500 em baixa à espera de resposta dos EUA à China
As bolsas do outro lado do Atlântico abriram em terreno negativo, pressionadas pelos receios em torno das tensões EUA-China, no dia em que Trump vai falar sobre Pequim. A exceção foi o Nasdaq, com as tecnológicas a darem força.
O Dow Jones segue a ceder 0,59% para 25.251,97 pontos, e o Standard & Poor’s 500 recua 0,32% para 3.019,89 pontos.
Tendência contrária mostra o tecnológico Nasdaq Composite, que avança 0,35% para 9.402,13 pontos. Isto apesar de ontem o presidente norte-americano ter assinado uma ordem executiva dirigida às empresas das redes sociais, que visa cortar-lhes poderes.
O Twitter é a rede que está no centro da discórdia, depois de ter aplicado uma verificação de veracidade a dois tweets de Donald Trump, sendo uma das exceções às subidas no setor das tecnologias e seguindo a perder 2,01% para 30,96 dólares.
Entretanto, ao final do dia Trump vai dar uma conferência de impresa para falar sobre a China, o que intensificou o nervosismo nos mercados.
Entre as várias frentes de fricção Washington-Pequim está a nova lei de segurança nacional da China para Hong Kong. Com esta nova lei de segurança nacional, Pequim visa apertar o controlo em Hong Kong, restringindo a atividade da oposição para conter novos episódios de confrontos dos ativistas pela democracia.
Por esta razão, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, notificou o Congresso de que a Administração Trump já não considera Hong Kong um território autónomo da China continental.
Ontem os governos dos EUA, Austrália, Canadá e Reino Unido emitiram um comunicado conjunto reiterando os seus "profundos receios relativamente à decisão de Pequim de impor uma lei de segurança nacional para Hong Kong", isto depois de o parlamento chinês aprovar a nova legislação.
Uma fonte disse ontem à Reuters que os EUA estão a planear cancelar os vistos a milhares de estudantes chineses que a Administração Trump desconfia que têm ligações ao exército chinês.
Também a frente económica continua a preocupar, depois de hoje ter sido anunciado que o consumo privado nos EUA caiu 13,6% em Abril, a maior queda desde início série estatística em 1995.