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Disparo de mais de 10% do BCP deixa PSI-20 em máximos de março

O banco liderado por Miguel Maya fechou o dia com um ganho de dois dígitos, impulsionado a cotação das suas ações para máximos de final de março. A bolsa nacional terminou o dia a ganhar, tocando num máximo de 6 de março.

Miguel Baltazar
02 de Junho de 2020 às 16:44
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O índice PSI-20 terminou a sessão desta terça-feira, dia 2 de junho, a valorizar 2,97% para os 4.557,20 pontos, o que representa um máximo desde o dia 6 de março.

Este é também o sentimento registado pelo resto da Europa, num dia em que os investidores seguem otimistas com os dados sobre o setor industrial na Europa e nos Estados Unidos, que subiram em maio. Em foco está também a reunião de quinta-feira do Banco Central Europeu (BCE), em que se espera que Christine Lagarde, presidente da instituição, aumente o valor do Programa de Compra de Emergência Pandémica (PEPP, na sigla em inglês) - para acima do patamar de 1 bilião de euros. 

Com 16 cotadas a subir e duas em queda, na bolsa nacional destacou-se o ganho de 10,38% do Banco Comercial Português, que fechou o dia a valer 11,06 cêntimos por ação, um máximo desde 25 de março deste ano. Hoje, o setor da banca na Europa acompanha este cenário com um ganho de 2,99%, à espera que o BCE forneça novos estímulos ao setor, na reunião da próxima quinta-feira. 

Os CTT valorizaram 5,69% para 2,32 euros, depois de terem tocado no patamar dos 2,37 euros, significando um a cotação mais elevada desde o passado dia 20 de abril. Isto num dia em que a JB Capital Markets iniciou a cobertura dos títulos da cotada ao atribuir uma recomendação de "comprar" e um preço alvo de 3 euros, o que assegura um potencial de valorização de 27,7% às ações tendo em conta a cotação de 2,35 euros em que segue a negociar.

No setor da pasta e do papel, a Altri terminou o dia a ganhar 2,52% para os 4,224 euros por ação, num dia em que o 
BBVA elevou a recomendação das ações de "market perform" para "outperform", estimando que as ações da cotada vão registar um desempenho superior ao mercado, estando a transacionar com um preço "atrativo". O preço-alvo foi revisto em baixa de 18%, de 6,7 euros para 5,5 euros por ação, o que representa um potencial de subida de 33% face ao fecho de segunda-feira.

A petrolífera Galp obteve uma valorização de 4,37% para os 11,70 euros por ação, quando as refinarias de Matosinhos e Sines se preparam para retomar a produção em junho, depois da suspensão em abril e em maio, respetivamente, devido à impossibilidade de escoar os combustíveis, face à redução do consumo provocada pela pandemia. Hoje, os preços do petróleo seguem também em alta, com o Brent - a referência para Portugal - a valorizar quase 3%. 

No grupo EDP, a empresa liderada por António Mexia subiu 2,07% para os 4,287 euros por ação, enquanto que a EDP Renováveis consumou uma subida de 1,98% para os 12,98 euros. 

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