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Direitos disparam mais de 8% e impulsionam acções do BCP

As acções do BCP terminaram o dia a subirem mais de 4%, sustentadas pelos ganhos acentuados dos direitos de subscrição do aumento de capital.

Miguel Baltazar/Negócios
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Os direitos valorizaram 8,74% para 73,4 cêntimos, reduzindo para 10,49% a queda semanal. 

 

Esta subida acabou por impulsionar as acções do banco liderado por Nuno Amado, que terminaram o dia a subir 4,36% para 15,33 cêntimos. No acumulado da semana, as acções perderam 2,67%.

 

O dia foi de oscilações acentuadas, com os direitos a chegarem a perder mais de 10% e as acções mais de 3%, quedas que reflectiam a pressão vendedora sobre os títulos por parte dos accionistas do banco que não pretendem acompanhar o aumento de capital, sendo que neste caso só têm até segunda-feira para vender os direitos em bolsa.

 

Do lado oposto está a Fosun, que exerce uma pressão compradora no mercado, uma vez que tem de comprar direitos para garantir a percentagem de capital de 30% que deseja ter no BCP.

 

As acções continuam mais caras do que a cotação de equilíbrio tendo em conta o valor dos direitos. A aquisição de um direito a 73,4 cêntimos (valor de fecho) permite a subscrição de acções com um valor equivalente de 14,29 cêntimos, ou seja, 6,8% abaixo da actual cotação. Já à cotação das acções corresponde um valor teórico dos direitos de 88,95 cêntimos, ou seja, 21,2% acima do valor a que estes títulos negoceiam em bolsa.
 

O BCP revelou ontem que o CEO, Nuno Amado, comprou mais de 12 mil direitos de subscrição do aumento de capital, pelo que irá investir perto de 100 mil euros na operação.

Esta sexta-feira, o Jornal Económico avança que a EDP deverá acompanhar o aumento de capital de 1.332 milhões de euros de forma a manter a participação qualificada superior a 2%. O Negócios apurou também que 

Sonangol e a InterOceânico também deverão acompanhar o aumento de capital do BCP para manter, no mínimo, as posições accionistas que actualmente detém no banco liderado por Nuno Amado. 

  

Esta situação de acentuado desequilíbrio tem sido a nota dominante na negociação das acções e direitos do BCP. Os direitos arrancaram a negociação na quinta-feira da semana passada bem abaixo do preço de equilíbrio com as acções, tendo recuperado nas duas sessões posteriores.

 

Os direitos negoceiam em bolsa até à próxima segunda-feira, 30 de Janeiro, terminando a 2 de Fevereiro (quinta-feira) o período de exercício. As novas acções deverão ser admitidas à negociação a 9 de Fevereiro.

 

No âmbito do aumento de capital de 1.332 milhões de euros, cada direito permite a compra de 15 acções, mediante o pagamento de 9,4 cêntimos por cada uma.

 

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