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Deutsche Bank afunda em bolsa após queda das receitas para mínimo de 2010
As acções do maior banco alemão negoceiam perto de mínimos históricos.
O plano de reestruturação profundo encetado pelo Deutsche Bank para travar a sangria de prejuízos provocou também uma diminuição acentuada da actividade do maior banco alemão. Uma tendência que se reflecte nas contas do terceiro trimestre, já que as receitas fixaram o nível mais baixo desde 2010.
As receitas atingiram 6,17 mil milhões de euros, o que além de ser um mínimo de oito anos situou-se abaixo do que os analistas estavam à espera (6,37 mil milhões de euros). Em 2012 eram superiores a 8 mil milhões de euros.
Esta tendência de queda atirou as acções do Deutsche Bank para uma desvalorização de 4,06% para 8,934 euros, o que se situa perto de mínimos históricos (8,755 euros a 27 de Junho) e eleva a queda de 2018 para 43%.
Quanto aos resultados líquidos, desceram 58% para 692 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, devido à redução de depósitos e dos custos de reestruturação.
O presidente do Deutsche Bank, Christian Sewing, prevê que a entidade bancária "esteja prestes a fechar o ano de 2018 com lucros, pela primeira vez desde 2014", destacando que foi possível "dominar os custos" e que existe capital disponível para voltar a crescer.
"O lucro, antes da aplicação dos impostos é de 506 milhões de euros (no terceiro trimestre) tratando-se de um marco para ser um banco rentável", considerou Sewing, citado pela Lusa.