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Desilusão no emprego dá fecho negativo a Wall Street
Apesar da recuperação das últimas horas de negociações, os principais índices de Nova Iorque encerraram o dia no vermelho, depois de dados desapontantes no sector do trabalho.
A semana terminou no vermelho para os mercados de acções norte-americanos, com os investidores a procurarem interpretar o que fará a Reserva Federal com os sinais de fragilidade do mercado de trabalho evidenciados esta sexta-feira.
Os principais índices que transaccionam em Nova Iorque encerraram esta sexta-feira com perdas ligeiras, tendo sido o tecnológico Nasdaq o mais penalizado, a recuar 0,58% para os 4.942,51 pontos. O S&P 500 fechou em queda de 0,25% para 2.099,95 pontos e o industrial Dow Jones cedeu 0,18% para 17.807,13 pontos.
A pesar estiveram sobretudo as acções do sector financeiro, enquanto os títulos dos restantes sectores aliviaram as perdas ou inverteram mesmo para ganhos perante a possibilidade de a Reserva Federal norte-americana adiar o momento de aumento dos juros, no dia em que foi conhecida a menor criação de emprego em seis anos.
A fragilidade do mercado de trabalho – apesar de a taxa de desemprego ter voltado a recuar –aumenta as dúvidas sobre quão sólida estará a maior economia do mundo para suportar um novo aumento do preço do dinheiro, que seria o segundo depois de mais de nove anos sem subidas.
A beneficiar dos receios dos investidores estiveram activos de refúgio como o ouro – a registar a melhor subida intradiária desde 17 de Março -, mas penalizando a nota verde, que chegou a registar a maior queda em quatro meses.
"Ainda que à superfície o relatório do emprego tenha sido muito desapontante, há quem beneficie. Todos os que dependem de um dólar baixo estão a ter um bom dia hoje, certamente a atenuar o que seria uma performance bem pior do mercado", afirmou Michael James, da Wedbush Securities, à Bloomberg.
A sessão negativa em Nova Iorque não impediu contudo que tanto o S&P 500 e o Nasdaq encerrassem a terceira semana de ganhos, a melhor série positiva desde Março. Já o industrial Dow Jones ficou de fora desta tendência, ao não conseguir um balanço semanal positivo.