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Descida das "yields" e salários abaixo do esperado dão fôlego a Wall Street

Os principais índices norte-americanos terminaram no verde, depois de terem negociado grande parte da sessão com perdas, penalizados pelos números do emprego nos Estados Unidos.

O relatório de estabilidade financeira global do FMI aponta para um agravamento substancial dos riscos.
Brendan McDermid/Reuters
Diogo Mendo Fernandes diogofernandes@negocios.pt 06 de Outubro de 2023 às 21:23
Os principais índices em Wall Street encerraram a valorizar, invertendo a tendência do início da sessão, mesmo depois de terem sido conhecidos os números do emprego nos Estados Unidos.

Em setembro foram criados 336 mil empregos, um número que quase duplicou as expectativas do mercado, de 170 mil, segundo a Reuters. A taxa de desemprego manteve-se inalterada nos 3,8%.


A elevada robustez do mercado laboral tem renovado receios de que as taxas de referência da Reserva Federal se possam manter em terreno restritivo mais tempo do que era esperado.

Após terem sido conhecidos estes dados as "yields" da dívida norte-americana agravaram-se, mas acabaram por recuar no final da sessão permitindo um "rally" no mercado acionista. Outros "traders" argumentam que a viragem na tendência se deveu aos dados dos salários - que subiram menos do que o esperado em agosto.

O índice de referência S&P 500 subiu 1,18% para 4.308,50 pontos, o industrial Dow Jones valorizou 0,87% para 33.407,58 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite somou 1,6% para 13.431,34 pontos.

"É um cenário 'Goldilocks'" - que estabelece que algo se deve enquadrar entre margens razoáveis, em oposição a atingir extremos -, explicou à Reuters o analista Tim Ghriskey da Ingalls & Snyder.

"Subimos as taxas de juro, a inflação está a reduzir-se e a economia está dinâmica. É o melhor de todos os mundos, desde que a inflação continue a baixar. E esse é o risco - se a inflação, na verdade, não continuar a descer", indicou.

Entre os movimentos de mercado, a Tesla acabou por avançar 0,18%, depois de ter anunciado que ia baixar os preços do modelo 3 e Y nos Estados Unidos.

Já a Exxon Mobil caiu 1,67%, após ter sido noticiado que a gigante petrolífera está em vias de adquirir a Pioneer Natural Resources (PNR), naquela que seria a sua maior aquisição desde o início do século. A PNR, por sua vez, escalou 10,45%.

A General Motors (1,95%) e a Ford (3,22%) também estiveram entre os ganhos, depois de a United Auto Workers (UAW) ter afirmado que não iria realizar mais greves na próxima semana, dados os progressos nas negociações salariais com as empresas.
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