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Depois de 12 trimestres a superar previsões, receitas do Facebook ficam aquém do esperado
Durante 12 trimestres consecutivos registou-se um crescimento da facturação da empresa liderada por Mark Zuckerberg, à boleia das vendas de espaço publicitário, com os números a superarem sempre as projecções do mercado. Mas o volume de negócios do segundo trimestre decepcionou e nem o aumento dos lucros acima do projectado animou as acções, que seguem a cair mais de 8%.
A tecnológica liderada por Mark Zuckerberg reportou esta quarta-feira, 25 de Julho, após o fecho das bolsas do outro lado do Atlântico, os resultados do seu segundo trimestre fiscal. E pela primeira vez desde 2015 divulgou receitas abaixo das estimativas dos analistas.
O facto de também ter desapontado o mercado em matéria de utilizadores activos está a contribuir para agravar o desempenho da empresa em bolsa e nem os lucros superiores ao projectado estão a ajudar.
As vendas da empresa sediada em Menlo Park (Califórnia) aumentaram 42% face ao período homólogo de 2017, para 13,2 mil milhões de dólares, quando a projecção média apontada pelos analistas inquiridos pela Bloomberg era de 13,3 mil milhões.
Já os lucros da tecnológica foram superiores às estimativas dos analistas. A empresa registou um aumento de 33% do seu resultado líquido, para 5,11 mil milhões de dólares (1,74 dólares por acção), quando as previsões apontavam para um lucro por acção de 1,71 dólares.
Por sua vez, a audiência de "Facebookianos" desagradou ao mercado, com a empresa a anunciar 1,47 mil milhões de utilizadores activos mensais entre Abril e Junho, contra 1,48 mil milhões esperados pelas estimativas médias dos analistas.
Na análise da Bloomberg, a empresa começou já a assistir aos "primeiros sinais de desencanto", em plena série de escândalos públicos em matéria de conteúdos e de protecção da privacidade dos dados dos seus utilizadores.
As acções estão a reagir em forte baixa no "after-hours", com uma queda de 8,19%, depois de já terem estado a afundar mais de 11%. Na sessão regular desta quarta-feira encerraram a ganhar 1,32% para 217,50 dólares, tendo mesmo atingido um máximo histórico durante a negociação, nos 218,62 dólares, atendendo às expectativas – agora goradas – de resultados robustos.
(notícia actualizada às 22:01)