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Crise na Turquia e tensão geopolítica pressionam Wall Street
As bolsas americanas fecharam em queda, num ambiente de tensão devido à crise na Turquia e à guerra comercial entre os EUA e a China.
O Dow Jones fechou a cair -0,54% para 25.162,41 pontos, o Nasdaq recuou 1,23% para 7.774,12 pontos e o S&P500 perdeu 0,76% para 2.818,37 pontos.
"É um comportamento familiar, pressões geopolíticas versus dados económicos", salientou à Reuters, Oliver Pursche, estratega na Bruderman Brothers. "Temos tarifas a sair da Turquia, uma potencial guerra comercial, tivemos resultados desapontantes…é uma reacção razoável às notícias", sublinha.
O responsável salienta que os investidores "não devem entrar em pânico ou recear de que seja o fim do ‘bull market’", nem que estejamos perante um período longo de correcções.
Uma das cotadas em destaque foi a tecnológica chinesa Tencent, que revelou a primeira queda de lucros em 13 anos. Este anúncio penalizou as acções e arrastou o sector. Cotadas como a Amazon e a Microsoft perderam mais de 1%.
Apesar de algumas empresas terem apresentado resultados que ficaram aquém do esperado, a verdade é que das 460 empresas do S&P500 que já apresentaram os números do segundo trimestre, 79,1% reportaram dados que superaram as previsões dos analistas consultados pela Reuters.
A Macy’s está entre as cotadas com números acima do esperado, com os números a serem conhecidos esta quarta-feira. A empresa reviu, inclusivamente, as suas estimativas para o total do ano em alta. Mas não foi suficiente. Os investidores focaram as suas atenções nas margens da empresa e provocaram uma queda abrupta das acções. A Macy’s deslizou mais de 16%.
Em queda fechou também a Tesla, depois de ter sido revelado que a SEC está a investigar a cotada, devido ao plano anunciado por Elon Musk de retirar a empresa de bolsa. Um anúncio que foi feito via Twitter. As acções da fabricante de automóveis recuou mais de 2,5%.