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Covid-19 eleva receios e deixa bolsas num sobe-e-desce. Wall Street em alta

A epidemia contribui para uma elevada volatilidade nos mercados de capitais também depois de os bancos centrais terem vindo dar conforto aos investidores.

Reuters
02 de Março de 2020 às 14:59
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A bolsa norte-americana abriu em alta, após uma semana em que a proliferação do coronavírus ditou pesadas quebras um pouco por todo o mundo, incluindo em Nova Iorque. A epidemia contribui para uma elevada volatilidade nos mercados de capitais também depois de os bancos centrais terem vindo dar conforto aos investidores, mostrando-se disponíveis para atuar.

O generalista S&P500 sobe 0,55% para os 2.970,60 pontos, o tecnológico Nasdaq avança 0,49% para os 2.970,60 pontos e o industrial Dow Jones valoriza 0,26% para os 25.475,68 pontos.

Os futuros dos índices nos Estados Unidos chegaram a marcar subidas de 2,4% antes da negociação depois de os bancos centrais do Japão e do Reino Unido terem alinhado com a Reserva Federal norte-americana nas promessas de ação, caso o vírus "contaminasse" significativamente as respetivas economias.

As tecnológicas que, pela cadeia de valor e vendas grandemente dependentes da China, são das mais expostas aos riscos económicos do surto, estão em alta. A Qualcomm avança 0,27% para os 78,51 dólares e a Apple segue com uma valorização de 2,91% para os 281,32 dólares.

Em oposição, os bancos descem, com o Goldman Sachs a mostrar um declínio de 0,78% para os 199,21 dólares, o JP Morgan a cair 0,22% para os 115,75 dólares e o Bank of América Merryl Lynch a descer 1,86% para os 27,92 dólares. O setor financeiro é dois mais penalizados com o cenário de descida de juros por parte da Reserva Federal tem impato negativo na atividade os bancos.

Quedas mais ligeiras na Europa
Na Europa a sessão também está a ser marcada por uma forte volatilidade. Os índices abriram em forte alta, replicando o desempenho das praças asiáticas, mas foram perdendo força ao longo da manhã. O Stoxx600 subiu perto de 3% minutos depois da abertura, depois chegou a cair mais de 1% e segue agoera ainda em terreno negativo mas mais perto da linha de água (desce 0,4%).

O corte de previsões por parte da OCDE trouxe ao de cima o pessimismo, levando à inversão do sentimento dos investidores. A instituição com sede em Paris reviu em baixa o crescimento mundial em 0,5 pontos para os 2,4%, o que a confirmar-se será o mais baixo desde 2009. A Organização admitiu mesmo que no primeiro trimestre pode haver uma contração da economia mundial. Na Zona Euro, o crescimento do PIB foi revisto em baixo para apenas 0,8% em 2020. 

Estas previsões vão ao encontro dos dados avançados. Esta manhã foi divulgado que o PMI chinês atingiu um mínimo histórico (2004) e que o PMI italiano para a indústria baixou pelo 17.º mês consecutivo. Esse mesmo indicador para os EUA deverá mostrar que a indústria norte-americana estagnou em fevereiro, de acordo com a Bloomberg.

As quedas que se verificam atualmente nos mercados bolsistas representam um prolongamento da "onda vermelha" que varreu os mercados nas últimas sessões. Na semana passada, o Stoxx 600 cedeu 12,2% e o PSI-20 caiu 11,5%. Em ambos, a queda semanal foi a maior desde 2008, período marcado pelo colapso do banco norte-americano Lehman Brothers que levaria à crise financeira. 

Neste momento, já há mais de três mil vítimas do Covid-19 e quase 90 mil infetados em todo o mundo, de acordo com os dados do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo das Doenças das 7h da manhã.

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