Notícia
Cofina lança OPA sobre a dona da TVI, avaliada em 255 milhões
A Cofina lançou uma OPA sobre a Media Capital, numa operação que avalia a empresa alvo de OPA nos 255 milhões de euros. A contrapartida oferecida é de 2,3336 euros.
A operação avalia a Media Capital em 255 milhões de euros, de acordo com a Cofina, que é dona do Jornal de Negócios.
Já a Prisa, que detém através da Vertix 94,69% do capital da Media Capital, vai receber uma contrapartida máxima de 2,1322 euros, no âmbito do acordo. Esta operação representa um encaixe de 170,6 milhões de euros para a Prisa, de acordo com um outro comunicado emitido pela empresa espanhola. Este valor representa uma menos-valia de cerca de 76 milhões de euros para as contas da Prisa.
Os restantes 5% da Media Capital estão nas mãos da Abanca.
A diferença entre o encaixe da Prisa e o valor pago aos outros investidores que têm ações da Media Capital face aos valor reportado pela Cofina justifica-se pelo facto de a empresa liderada por Paulo Fernandes assumir a dívida da dona da TVI.
"Caso a aquisição da referida participação venha a ser positivamente apreciada pelos reguladores, o seu financiamento está assegurado através de crédito bancário já aprovado e da realização de um aumento de capital", explica a Cofina num comunicado enviado às redações. "Excluindo a percentagem do capital em free-float, o aumento de capital está garantido em mais de 50% pelos atuais acionistas de referência, sendo, no entanto, possível que entrem novos investidores com posições qualificadas", adianta a mesma fonte.
Sobre a forma como será financiada a operação não são dados mais pormenores.
A Cofina adianta este sábado que o projeto "passa por manter as linhas editoriais dos diferentes meios de comunicação social que detém e que passará a deter, bem como todos os profissionais que estejam dispostos a colaborar neste novo projeto. Esta aquisição garante a existência de um grupo de media independente e capaz de reforçar o papel que os media têm enquanto pilar essencial à vida de uma sociedade democrática."
A oferta está agora condicionada à aprovação da Autoridade da Concorrência (AdC) e da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).
(Notícia atualizada, pela última vez, às 10:25)