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CMVM regista OPA da KKR sobre a Greenvolt. Oferta arranca segunda-feira
Em comunicado esta sexta-feira, o regulador de mercado anunciou o registo da operação em que a empresa norte-americana procura adquirir o restante capital da empresa de energias renováveis portuguesa liderada por João Manso Neto. Operação decorre entre 7 e 24 de outubro.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) aprovou esta sexta-feira o registo da oferta pública de aquisição da Greenvolt pela GVK Omega, detida pela firma de investimento norte-americana KKR, anunciou o regulador de mercado em comunicado.
Como tinha sido já anunciado, a contrapartida oferecida pela GVK é de 8,3107 euros por ação para a aquisição de 54.469.945 de ações da Greenvolt, correspondentes aos cerca de 15% do capital da empresa portuguesa que ainda não detém.
De acordo com o prospeto da operação publicado também esta sexta-feira no site da CMVM, a oferta estará em vigor a partir das 8:30 de segunda-feira, dia 7 de outubro, até às 15:30 de 24 de outubro.
Isto "sem prejuízo de eventual prorrogação se a oferta for modificada ou revista, se for lançada uma oferta concorrente ou se a proteção dos interesses dos destinatários o justificar".
"A contrapartida será paga em dinheiro, deduzida de qualquer montante (ilíquido) que venha a ser atribuído a cada ação-alvo a título de dividendos, de adiantamento sobre os lucros do exercício ou de distribuição de reservas. Essa dedução será efetuada a partir do momento em que o direito ao montante em causa seja destacado das ações-alvo e desde que esse momento ocorra antes da liquidação da oferta", refere o documento.
O valor da oferta corresponde ao "maior preço pago pela aquisição de ações da Greenvolt a 6 de junho de 2024, decorrente da conversão de obrigações convertíveis em ações da Greenvolt", indica a CMVM.
Recorde-se que, a 17 de setembro, a GVK comunicou o aumento do preço da oferta para os 8,3107 euros face aos 8,30 iniciais, com "o único propósito de lograr o registo da oferta pela CMVM", apesar de discordar do aumento.
A CMVM assinala que a oferta passou de voluntária a obrigatória, "na sequência de uma alteração de controlo decorrente da aquisição, pela oferente, de uma participação correspondente a mais de metade do capital social e direitos de voto da Greenvolt".
Essa operação fez com que a KKR conseguisse assegurar 78,9% da empresa de energias renováveis: 60,86% através da compra que já tinha definido com os sete principais acionistas da Greenvolt e mais 18,04% adquiridos pelo banco italiano Mediobanca.
De acordo com o prospeto, a 3 de outubro, a KKR e as suas afiliadas detinham ações correspondentes a 85,42% dos direitos de voto na Greenvolt.
A oferta foi preliminarmente anunciada pela Gamma Lux - que detém a GVK Omega - a 21 de dezembro de 2023, "na sequência da celebração de um conjunto de contratos tendentes à aquisição da maioria do capital social e dos direitos de voto da Greenvolt", assinala a CMVM.
Caso a KKR passe a deter mais de 90% do capital da Greenvolt através da OPA obrigatória, vai acionar o mecanismo de uma OPA potestativa para retirar empresa da bolsa nacional, em que integra o índice de referência, o PSI.