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CEO do Credit Suisse desconhecia posições de maior risco

O líder do banco suíço garante que desconhecia que havia funcionários a assumir posições de maior risco, que custaram uma quebra de mais de 40% às receitas de negociação da instituição nos primeiros três meses.

Bloomberg
23 de Março de 2016 às 15:24
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No dia em que anunciou um programa mais severo de corte de custo, o CEO do Credit Suisse adiantou que corretores do banco assumiram posições em dívida com problemas e outros activos sem liquidez, sem que os seus superiores tivessem conhecimento. De acordo com Tidjane Thiam estas apostas de maior risco contribuíram para um prejuízo no primeiro trimestre na unidade de negociação.


"Isto era algo que não era claro para mim, não era claro para o meu CFO e para muitas pessoas dentro do banco", reconheceu Tidjane Thiam em entrevista à Bloomberg TV. O líder da instituição admitiu que é "é necessário haver uma mudança cultural porque isto é completamente inaceitável" e adiantou que houve "consequências" para alguns funcionários do banco.


A exposição a activos de dívida com problemas e outros activos de maior risco obrigaram o banco a reconhecer 258 milhões de dólares em imparidades este ano, até ao dia 11 de Março, isto depois do Credit Suisse ter registado perdas no último trimestre de 2015.


As receitas de negociação poderão cair entre 40% e 45% nos primeiros três meses deste ano, reconheceu a instituição. Uma quebra que poderia ser ainda mais significativa caso as posições, que chegaram ao conhecimento de Thiam em Janeiro, tivessem sido descobertas mais tarde.


"Muitos dos problemas no banco de investimento forma que as pessoas têm estado a tentar gerar receitas a todo o custo", acrescentou Thiam, que continua focado em tentar reconquistar a confiança dos investidores.


De banqueiro reputado, à prisão


Mas a má conduta de banqueiros não é propriamente uma novidade e nem o é no Credit Suisse. Durante anos foi membro dos banqueiros suíços de elite e agora está num hospital prisão em Geneva, acusado de fraude e má gestão, enfrentando uma pena que pode ir até 10 anos na prisão.


O executivo, que não pode ser identificado, já valeu três acusações ao Credit Suisse, que está a ser acusado por três clientes, que argumentam que a instituição desempenhou um papel na fraude.

Casos que ainda vêm agravar a já difícil situação em que o banco se encontra, procurando lidar internamente com novos casos de condutas irregulares, com vários funcionários a assumirem posições sem que os executivos do banco tivessem conhecimento.

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