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CaixaBI inicia cobertura dos CTT com preço-alvo de 7,90 euros

Banco que participou na colocação em bolsa da empresa liderada por Francisco de Lacerda vê a política de remuneração accionista como o principal “destaque” na tese de investimento. Recomenda “manter”.

13 de Março de 2014 às 19:55
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Mais de três meses depois da estreia em bolsa dos CTT, o CaixaBI, que participou na oferta pública de venda da empresa de correios, iniciou a cobertura das acções com uma avaliação de 7,90 euros, recomendando “manter”. A tese de investimento é baseada, essencialmente, na capacidade da empresa de remunerar os seus investidores. Tem um dos dividendos mais atractivos da bolsa.

 

“Chegámos a um preço-alvo para o final de 2014 de 7,90 euros por acção (após a distribuição de 60 milhões de euros relativos aos resultados de 2013)”, diz o analista Carlos Jesus, na nota de início de cobertura do CaixaBI. Este "target", o mais recente atribuído aos CTT, é o terceiro mais elevado atribuído à empresa num conjunto de seis bancos de investimento.

 

Tanto o BESI como o BPI reviram esta quinta-feira as suas avaliações para a cotada no rescaldo das contas de 2013. O banco de investimento do BES subiu o preço-alvo para 8,50 euros, já o BPI voltou, uma semana depois da última alteração, a aumentar o “target” para os actuais 8,20 euros. O BCP tem a avaliação mais baixa: 6,95 euros. Recomenda “reduzir”.

 

Caça aos dividendos

 

A política de remuneração accionista é vista por Carlos Jesus como o principal “destaque” na tese de investimento do banco para os CTT. Contudo, tendo em conta a subida das acções desde a estreia, o banco sublinha que “a rendibilidade do dividendo da empresa já não é a mais elevada do mercado português”. A REN oferece um retorno superior.

 

“Vemos as acções [da empresa de correios] como uma forma de ganhar dividendos, com o actual preço de mercado ainda a incorporar um retorno do dividendo elevado apesar da valorização desde a estreia em bolsa”, refere o banco. Com base na cotação actual, a rendibilidade da remuneração accionista é de 5,44%.

 

Especulação na subida

 

Desde a estreia em bolsa, no início de Dezembro, as acções dos CTT apresentam uma forte subida. Ganham cerca de 30%, estando a cotar nos 7,34 euros. Tendo em conta este comportamento, o potencial de subida implícito na avaliação do CaixaBI é de 7,6%.

Neste sentido, a recomendação é de “manter”.

 

“Com 30% do capital ainda para ser colocado no mercado pelo Estado português, parte desta valorização desde a OPV poderá ser explicada pela especulação sobre o controlo da empresa”, remata Carlos Jesus. O “Expresso” noticiou na sua última edição que o Governo está interessado em antecipar a nova fase de privatização, operação que deixará os CTT mais propensos a uma OPA.

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