Notícia
Bons resultados da banca sustentam Wall Street
As bolsas do outro lado do Atlântico abriram em alta, impulsionadas pelos bons resultados trimestrais do Citigroup, JPMorgan e Wells Fargo, o que está a animar o sector financeiro.
O Dow Jones abriu a a sessão a somar 0,58% para 24.626,04 pontos e o Standard & Poor’s 500 avança 0,47% para 2.676,87 pontos.
Por seu turno, o Nasdaq Composite ganha 0,44% para 7.171,69 pontos.
As praças norte-americanas, aliviadas de parte dos receios de guerras comerciais e de tensões no Médio Oriente, estão a ter tempo para digerir o arranque da época de divulgação dos resultados no primeiro trimestre, tendo a banca dado hoje o pontapé de saída.
O Citigroup reportou lucros acima do esperado, com um aumento de 2,7%, impulsionado pela robustez na unidade de serviços bancários para particulares e pela escalada na negociação de acções.
Também o Wells Fargo anunciou um resultado líquido superior às expectativas de Wall Street.
O JPMorgan seguiu a mesma tendência e apresentou bons resultados, com os lucros a subirem 35,1%.
A impulsionar as contas destas instituições financeiras esteve a reforma fiscal da Administração Trump, que levou a uma diminuição dos impostos que já se reflecte neste primeiro trimestre.
Os investidores gostaram e os três bancos seguem todos a subir mais de 1%.
Wall Street segue assim a tendência de subida que já revelou ontem no fecho. E a ajudar esteve o facto de Donald Trump ter vindo dizer que afinal não está iminente um ataque à Síria, depois de na segunda-feira ter ameaçado com uma acção militar contra o regime de Assad após o ataque com armas químicas do passado sábado e ter dito que a decisão seria tomada em 24 a 48 horas.
Por outro lado, o chefe da Casa Branca declarou que está a ponderar a adesão dos EUA à Parceria TransPacífico (TPP).
Ambas as posições animaram os investidores, que devido às tensões geopolíticas e incertezas a nível comercial estavam a fugir das acções e a apostar em activos considerados mais seguros, como o ouro, o iene e a dívida norte-americana.
Já esta semana os receios tinham acalmado em torno das tensões comerciais EUA-China, após Washington e Pequim terem mostrado abertura na via das negociações.
Além do mais, ainda no plano comercial, a Administração Trump tem estado em negociações com o México e Canadá para decidir sobre a permanência dos EUA no Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA). E numa anunciada demonstração de boa vontade, isentou estes dois países do agravamento de tarifas aduaneiras agravadas às importações de aço e de alumínio.
Tudo isto trouxe hoje um novo optimismo a quem aplica o seu dinheiro em acções e Wall Street viu-se revigorada.