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Bolsas europeias em queda arrastadas pelo petróleo e China

As principais praças europeias estão a negociar em "terreno" negativo penalizadas pela queda dos preços do petróleo que arrastou as acções chinesas. O principal índice de Xangai recuou para mínimos de 13 meses.

Bloomberg
26 de Janeiro de 2016 às 09:18
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As bolsas europeias voltam a estar pintadas de vermelho, com as principais praças a serem arrastadas pela queda dos preços do petróleo nos mercados internacionais que arrasou novamente as bolsas chinesas. Entre as principais congéneres europeias, o principal índice grego lidera as quedas, recuando 1,95%. O britânico Footsie é a segunda praça que mais desvaloriza, descendo 1,64%. Por outro lado, o índice português PSI-20 é o que menos cai na Europa, deslizando 0,06%, numa altura em que as acções da Jerónimo Martins estão em destaque. A retalhista soma 3,42% para 12,10 euros. O Stoxx 600, índice de referência, perde 1,81%.

Os preços do petróleo estão a cair nos mercados internacionais, penalizado as acções de empresas ligadas a este sector. A negociação da matéria-prima está a ser marcada pelo facto de os investidores estarem a aguardar pela divulgação dos dados do Governo norte-americano sobre as reservas de petróleo. A expectativa é que as reservas tenham subido pela terceira semana o que, a confirmar-se, vai agravar o excesso de oferta que existe no mercado e tem sido um factor de pressão sobre a cotação do "ouro negro".

O West Texas Intermediate recua 2,64% para 29,54 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, desce 2,72% para 29,67 dólares por barril. "Os investidores tendem a ver a queda dos preços do petróleo como um indicador directo do abrandamento do crescimento mundial e um enfraquecimento das economias emergentes", disse Toshihiko Matsuno, estratega chefe da SMBC Friend Securities, à Bloomberg. "Isto está a fazer com que atmosfera geral seja ainda pior", acrescentou.

As petrolíferas europeias estão assim em queda. A francesa Total desce 1,83% na bolsa de Paris para 37,82 euros. A britânica BP cai 2,94% em Londres para 339,85 pence. A espanhola Repsol desvaloriza 2,75% para 8,415 euros e a portuguesa Galp Energia perde 0,86% para 9,817 euros.

Ainda a penalizar a negociação das bolsas europeias está a evolução já registada pelas praças asiáticas. A sessão neste continente foi também de perdas. No Japão, o Nikkei desvalorizou 2,35% e o Topix caiu 2,33%. Na China, o Shanghai Composite Index encerrou a sessão a recuar 6,42% para os 2.749,785 pontos, o valor mais baixo desde Dezembro de 2014.

A praça chinesa foi penalizada pelos receios dos investidores em relação à saída de capitais do país, o que pode acelerar o abrandamento económico do país, segundo a Bloomberg. A saída de capitais da China acentuou-se no mês de Dezembro, tendo aumentado para 158,7 mil milhões de dólares. Apenas em Setembro se verificou uma saída de capitais acima deste valor – 194,3 mil milhões de dólares desapareceram da economia no nono mês de 2015.

As estimativas para a totalidade do ano de 2015 apontam que a saída de capitais da China ascendeu a um bilião de dólares, ou seja, sete vezes mais do que na totalidade do ano de 2014, segundo os dados recolhidos pela agência de informação norte-americana desde 2006.

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