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Bolsas asiáticas completam segundo ano de perdas

2015 foi um ano de perdas para a generalidade das matérias-primas e de preocupação com a China. Factores que arrastaram as bolsas asiáticas que fecham o ano com saldo negativo.

Acções asiáticas pressionadas pelo sector mineiro e pela banca
31 de Dezembro de 2015 às 10:14
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O ano até começou da melhor forma. Nos primeiros seis meses de 2015, as praças da Ásia conseguiram superar o desempenho das europeias e norte-americanas. O índice de referência da região chegou mesmo a tocar no nível mais elevado desde 2008. Mas, em meados de Junho, a China passou a centrar as atenções dos investidores e não pelas melhores razões. Ao mesmo tempo, as matérias-primas acentuaram as quedas. Desvalorizações que acabaram por justificar o segundo ano de quedas das praças asiáticas.

O índice MSCI Asia Pacific desvalorizou mais de 4%, em 2015, depois de já ter recuado 2,46% no ano anterior. O índice completa, assim, duas desvalorizações anuais seguidas, o que acontece pela primeira vez desde 2002. Já as bolsas europeias prepararam-se para terminar o ano em alta, bem como as norte-americanas.


Os mercados accionistas da Ásia foram afectados, sobretudo na segunda metade do ano, pela queda das matérias-primas, uma vez que estes países estão entre os principais produtores a nível mundial. Além disso, também a China teve um papel determinante para travar os ganhos que as bolsas asiáticas chegaram a acumular na primeira metade do ano.


A bolsa de Xangai chegou a duplicar de valor nos 12 meses concluídos em Junho. Mas as preocupações com o abrandamento da economia justificaram quedas expressivas nas acções chinesas e levaram à intervenção das autoridades, sendo a desvalorização do yuan uma das medidas que foi tomada.


"Este ano foi muito volátil e difícil pois os mercados foram assaltados pela volatilidade de diferentes classes de activos", explicou à Bloomberg Kelvin Tay. O economista-chefe do UBS nesta região acrescentou que "as vendas generalizadas das matérias-primas afectaram as moedas asiáticas, especialmente as divisas e as acções dos países do sudeste da Ásia".


As empresas do sector da energia foram as mais penalizadas, registando uma queda de 25%, de acordo com os dados da Bloomberg. Já os produtores de matérias-primas cederam 15%. Pelo contrário, o sector de cuidados de saúde liderou os ganhos, tendo apreciado mais de 20%.


Entre os principais mercados, o índice de Xangai, na China, apesar de ter centrado as preocupações dos investidores, fecha o ano com um ganho de 9,4%. Já o índice da Austrália desceu 2,1% no ano. Entre os principais mercados asiáticos, os de Singapura e Hong Kong foram aqueles que registaram os piores desempenhos, com quedas de 14% e 7,2%, respectivamente.  

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