Notícia
Bolsas asiáticas com tendências contrárias
A bolsa chinesa caiu. A japonesa subiu. Sinais contrários na Ásia.
As bolsas chinesas fecharam a sessão de terça-feira em queda, puxadas pelas descidas no sector industrial.
O Shanghai Composite perdeu 0,6% para voltar abaixo dos três mil pontos. Fechou nos 2.999,36 pontos. O CSI 300, que junta cotadas de Xangai e Shenzhen, desvalorizou 0,7% para 3.255,79 pontos. O CSI 300 financeiro caiu 1,3%.
Os analistas, segundo a Reuters, avançam com algumas explicações para esta queda, nomeadamente a divulgação na segunda-feira por parte do banco central chinês das linhas orientadoras para a reforma do sistema de pensões. No entanto, há quem fale nas declarações do governador Zhou Xiaochuan sobre capital especulativo e o aumento das preocupações sobre os níveis de endividamento do sector financeiro. No domingo, o governador revelou que o nível de alavancagem na economia chinesa era relativamente elevado.
À Bloomberg, Ken Chen, analista da KGI Securities, explica que o mercado está a registar um correcção técnica depois de subidas de sete dias.
Depois de terem estado fechado na segunda-feira, as bolsas japonesas voltaram a transaccionar em alta. O Nikkei e o Topix subiram 1,9%, fechando no nível mais alto de uma semana. O iene também enfraqueceu esta terça-feira. Em Hong Kong, Austrália e Taiwan os índices caíram à volta dos 0,3%.
Esta terça-feira, de acordo com a Lusa, a bolsa de Xangai expulsou, pela primeira vez desde a sua fundação em 1990, uma empresa cotada, por falsificação das contas, avançou a agência oficial chinesa Xinhua, citada pela Lusa. A sociedade de investimentos Boyuan, com sede em Zhuhai, junto a Macau, cometeu uma violação "muito grave" das normas relativas à publicação de informações sobre as empresas cotadas, revelou a praça financeira. Segundo a investigação, a Boyuan falsificou documentos de cobertura bancária para encobrir uma dívida de cerca de 380 milhões de yuan (52 milhões de euros) em dividendos que o principal accionista da empresa não pagou aos restantes accionistas. A empresa terá ainda inflacionado, nos documentos apresentados ao mercado, o valor real dos activos, lucros e receitas.