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Bolsas dos EUA descem mais de 1% com receios de guerra fria tecnológica
As ações norte-americanas estão a refletir os receios dos investidores com a crescente tensão entre os Estados Unidos e a China. As fabricantes de chips destacam-se, com quedas superiores a 3%.
Os principais índices norte-americanos abriram em queda esta quinta-feira, 23 de maio, penalizados pelos receios dos investidores de que a disputa comercial entre os Estados Unidos e a China se transforme numa verdadeira guerra fria tecnológica.
Nesta altura, o índice industrial Dow Jones desliza 1,19% para 25.470,89 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq perde 1,28% para 7.651,59 pontos. Já o S&P500 desvaloriza 1,14% para 2.823,00 pontos.
Esta quinta-feira, Pequim disse que Washington precisa de corrigir as suas "ações erradas" para que as negociações comerciais continuem, depois de os EUA terem incluído a Huawei na sua "lista negra" na semana passada.
Embora a administração Trump tenha, no início da semana, adiado as restrições sobre a empresa chinesa por três meses, os receios voltaram a intensificar-se ontem com as notícias de que o governo dos Estados Unidos estaria a ponderar aplicar sanções semelhantes sobre outra empresa chinesa, a fabricante de equipamentos de videovigilância Hikvision.
Os investidores temem agora que as tarifas e outras medidas de retaliação entre as duas maiores economias do mundo sejam um obstáculo à expansão global, atingindo em particular o setor tecnológico, de grande crescimento.
As ações da Apple descem 1,55% para 179,94 dólares, enquanto a Alphabet, dona da Google, recua 0,65% para 1.148,32 dólares. As fabricantes de chips, que têm na China grande parte das suas receitas, também seguem penalizadas, com a Qualcomm a perder 3,48% para 66,92 dólares e a Micron Technology a afundar 4,55% para 33,15 dólares.
Também a Tesla desvaloriza 2,59% para 188,16 dólares, naquela que é já a sétima sessão consecutiva de perdas, que levou os títulos a descerem a barreira dos 200 dólares pela primeira vez desde 2016.
Do lado dos ganhos, destaque para a L.Brands que dispara 11,63% para 24,09 dólares, depois deter apresentado resultados melhores do que o esperado.