A bolsa portuguesa definiu a tendência e está a liderar os ganhos nas praças europeias, interrompendo um ciclo de quatro sessões consecutivas a perder valor devido ao impasse político.

 
O PSI-20 valoriza 1,03% para 5.310,27 pontos, com 16 cotadas em alta e duas em queda. As bolsas europeias marcam ganhos ligeiros, num dia em que os dados económicos da China estão a deixar os investidores divididos, já que a produção industrial continua em mínimos de 2008, mas as vendas a retalho aceleraram. A impulsionar as acções estão também os resultados de empresas e as fusões e aquisições, no dia em que a Anheuser-Bush InBev formalizou a oferta de compra da SABMiller.

Em Lisboa a banca foi a grande responsável pela queda acima de 6% do PSI-20 em quatro sessões, sendo que esta quarta-feira é a que mais está a impulsionar. As posições conjuntas assinadas entre o PS e os três partidos à esquerda, que foram a base para que o Parlamento tenha derrubado o Governo de Passos Coelho, não mencionam qualquer medida para o sector bancário.

Perante a instabilidade política em Portugal  - falta agora saber se Cavaco Silva vai indigitar António Costa primeiro-ministro – os juros da dívida pública têm evoluído em alta nas últimas sessões. É hoje de novo essa tendência, depois do alívio de ontem.

O Banco Comercial Português valoriza 4,06% para 0,0487 euros e o Banco BPI valoriza 3,17% para 1,075 euros. O Banif, que apresenta esta quarta-feira as contas dos primeiros nove meses, está a recuperar 4,35% para 0,0024 euros.

Ainda a impulsionar a bolsa portuguesa estão os pesos pesados Jerónimo Martins e Galp Energia, com a retalhista a valorizar 1,25% para 13 euros e a petrolífera a ganhar 0,68% para 9,99 euros.

A impedir maiores ganhos no PSI-20 está a EDP, que cede 0,52% para 3,233 euros. O BPI adiantou numa nota de "research" de ontem que o programa do PS "parece trazer de volta alguns riscos" para a EDP.