O PSI-20 sobe 2% para 5.309,22 pontos, com 17 cotadas em alta e uma inalterada. A bolsa mantém assim a tendência de recuperação depois de ter registado quedas avultadas nos últimos tempos. E acompanha o sentimento que impera no resto da Europa, com os índices a subirem entre 1,37% (italiano MIBTEL) e 3,48% (grego FTASE). O Stooxx600, que agrupa as 600 maiores cotadas europeias, está a apreciar 2,04%.

As bolsas estão assim a subir, com os investidores a demonstrarem que os ataques terroristas de sexta-feira, 13 de Novembro, a Paris, e os desenvolvimentos em torno destes, terão um impacto limitado na economia e nos mercados financeiros. As bolsas europeias estão mesmo a registar as maiores subidas das últimas três semanas.

A contribuir para a subida das bolsas, em especial da praça grega, está o facto de o ministro das Finanças grego ter revelado que chegou a acordo com os credores de forma a libertar a primeira tranche do terceiro programa de ajuda.

Na bolsa nacional a banca está entre os sectores que mais se destacam, depois de no fim-de-semana o Banco de Portugal ter garantido que não antevê a necessidade de os bancos fazerem uma contribuição extraordinária para financiar a resolução do BES, que deu origem ao Novo Banco. O que significa que a banca nacional não deverá ser afectada com custos adicionais, para já, mesmo que o Novo Banco seja vendido a um valor que implique uma perda avultada para o Fundo de Resolução. 

Assim, a banca que vinha a registar perdas também devido à incerteza em relação à venda do Novo Banco e a potenciais perdas, recupera. O BCP sobe 3,72% para 5,02 cêntimos, o BPI avança 1,36% para 1,044 euros e o Banif aprecia 4,17% para 0,25 cêntimos. 

Em alta está também a Jerónimo Martins, ao apreciar 2,28% para 13,23 euros, bem como a Sonae SGPS, que cresce 2,18% para 1,08 euros. A Jerónimo está também a beneficiar dos dados da inflação na Polónia. O CaixaBI realça a variação positiva dos preços no consumidor que foi baseada na evolução positiva do segmento de alimentos e bebidas não alcoólicas, "sendo esta a primeira leitura positiva desde Abril de 2014, após 17 meses consecutivos de deflação."

Na energia o sentimento é idêntico, numa altura em que a Galp Energia sobe 3,44% para 9,647 euros. A EDP ganha 1,26% para 3,204 euros, a EDP Renováveis valoriza 1,60% para 6,217 euros e a REN avança 1,93% para 2,587 euros. 

A única cotada a não contribuir para a subida do índice é a Impresa, que segue estável nos 55,0 cêntimos.