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Bolsa nacional valoriza quase 2,5% em dia de recuperação

No segundo dia seguido a valorizar, a praça lisboeta ganhou perto de 2,5%, impulsionada pelas valorizações da Jerónimo Martins, que avançou 3%, e dos CTT que somaram quase 3,5%.

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15 de Fevereiro de 2016 às 16:46
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O PSI-20 encerrou a sessão bolsista desta segunda-feira, 15 de Fevereiro, a somar 2,33% para 4.640,17 pontos, com 15 cotadas a negociar em alta e duas em queda, naquele que foi o segundo dia seguido a valorizar. Um desempenho que permitiu ao índice português recuperar parte das perdas acumuladas nas últimas semanas e que na quinta-feira atiraram a praça lisboeta para mínimos de 2012.

 

A bolsa nacional acompanha o sentimento registado pela generalidade das principais praças europeias, que negociaram também em clima de recuperação. O índice de referência europeu, Stoxx 600, que agrupa as 600 maiores cotadas do Velho Continente, obteve mesmo a maior subida em dois dias desde 2011.

 

A apoiar o sentimento mais confiante dos investidores europeus esteve a recuperação do sector financeiro e também do sector automóvel, este último a beneficiar também da desvalorização do euro face ao dólar, num momento em que a moeda europeia cai acima de 1% relativamente à divisa norte-americana.

 

Nota ainda para o principal índice bolsista grego, que disparou 10,17% depois de na semana passada ter renovado diversas vezes mínimos históricos, no mesmo dia em que Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), reiterou a disponibilidade da autoridade monetária europeia para "fazer a sua parte" para estimular as economias da Zona Euro, especialmente numa altura marcada pela forte volatilidade nos mercados mundiais.

 

No plano nacional foi a Jerónimo Martins que mais suportou a performance da bolsa nacional. A empresa liderada por Pedro Soares dos Santos valorizou 3% para 12,52 euros. Ainda no sector do retalho, a Sonae recuou 1,87% para 0,263 euros.

Também os CTT se destacaram entre as cotadas que mais contribuíram para a performance do principal índice nacional na primeira sessão desta semana, com os correios nacionais a valorizarem 3,34% para 7,43 euros.

 

Também em alta negociou a Galp Energia, que avançou 1,46% para 10,42 euros, num dia em que o Público noticiou a intenção do Estado português executar uma garantia bancária de 8 milhões de euros que a petrolífera entregou em Outubro de 2007 como caução na sequência de um contrato para a construção de uma central eléctrica em Sines.

 

Ainda assim a Galp beneficiou da subida do preço do petróleo, numa altura em que em Londres, o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, está a subir 0,69% para 33,59 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate (WTI), transaccionado em Nova Iorque, está a crescer 1,19% para 29,79 dólares.

 

Ainda no sector energético, a EDP apreciou 1,64% para 2,79 euros, já depois de a EDP Comercial ter anunciado ter como objectivo terminar o ano de 2016 com 4 milhões de clientes no mercado liberalizado. Também esta segunda-feira, a agência de notação financeira Moody's ter mantido o "rating" da eléctrica liderada por António Mexia em "Baa3", o último nível de "investimento"Já a EDP Renováveis cresceu 1,57% para 6,416 euros.

Já a banca deu novos sinais de volatilidade. Depois das fortes perdas registadas na última semana pelo sistema financeiro europeu, tanto a banca europeia como a banca nacional mostraram hoje sinais de recuperação. O BPI ganhou 6,71% para 1,018 euros e o BCP somou 1,54% para 0,033 euros.

 

O dia foi também positivo para o sector das telecomunicações, com a Nos a avançar 2,45% para 5,814 euros e a Pharol a somar 8,61% para 0,227 euros. 


(Notícia actualizada às 16:49)

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