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Bolsa nacional sobe mais de 2% no acumulado da semana
O PSI subiu pela segunda semana consecutiva, com apenas duas cotadas em queda, o Banif e o BPI. A estrela da semana foi a Impresa SGPS, que valorizou 11%. A semana foi marcada pelos desenvolvimentos europeus quanto à situação grega e pela divulgação dos resultados operacionais das energéticas nacionais.
A bolsa nacional fechou em terreno positivo no acumulado da semana, subindo 2,90%. O PSI 20 acompanhou o comportamento do Stoxx 600 (índice das 600 maiores cotadas europeias), que apresentou uma valorização de 4,34% no cômputo dos últimos cinco dias.
Dos 18 títulos que compõem o índice de referência nacional, apenas dois registam uma queda, e ambos no sector da banca: o BPI (-3,03%) e o Banif (-1,89%). Aliás, no sector financeiro, o BCP foi o único a registar uma valorização, com uma subida de 2,10%.
A Impresa SGPS foi a cotada que mais valorizou, registando uma subida de 11%, com as acções a fechar esta sexta-feira, 17 de Julho, a valer 89,8 cêntimos.
Seguiu-se a Altri, com uma subida de 7,67% no saldo da semana. As restantes cotadas do sector do papel tiveram também um bom desempenho esta semana, com a Portucel a somar de 6,79% e a Semapa a ganhar 2,95%.
A construção teve igualmente uma boa performance, com a Mota-Engil a valorizar 4,98% na semana e a Teixeira Duarte a registar um acréscimo de 4,70%.
No sector energético, a Galp avançou 2,73%, numa semana em que, de acordo com os dados previsionais do segundo trimestre, a empresa apresentou uma tendência positiva nas áreas de Exploração e Produção e também de Refinação e Distribuição, no entanto, o sector de Gás e Electricidade sentiu uma evolução mista, que é sobretudo negativa na comparação com o trimestre anterior.
Já a EDP Renováveis registou uma subida de 4,23% apesar do recuo na produção no primeiro semestre deste ano. A produção de energia limpa desceu 1% para 10,8 terawatts hora (TWh) face a período homólogo, anunciou a empresa esta terça-feira, 14 de Julho.
No que diz respeito à EDP, a empresa liderada por António Mexia registou um ganho de 1,80% no acumulado da semana, apesar do recuo da produção na ordem dos 1,5% no primeiro semestre de 2015, provocada pelos "recursos eólicos e hídricos mais fracos". Os dados divulgados esta quinta-feira, 16 de Julho, relevam que a produção hídrica no mercado ibérico liberalizado recuou 29%, enquanto a produção eólica e solar recuou 13% em Portugal e 7% em Espanha. A produção hídrica e eólica representou 64% da produção total no primeiro semestre.
A Grécia foi um dos temas que marcou a semana, com os investidores atentos ao desenvolvimento dos últimos dias. Na segunda-feira, 13 de Julho, os mercados acordaram com o acordo entre o Governo helénico e os credores. Na madrugada de quinta-feira, o Parlamento grego aprovou as medidas de austeridade acordadas entre o primeiro-ministro Alexis Tsipras e as instituições. Esta sexta-feira, 17 de Julho, o vice-presidente da Comissão Europeia anunciou que a União Europeia chegou a acordo para providenciar um financiamento-ponte de 7,16 mil milhões de euros à Grécia, e o Parlamento alemão deu luz verde às negociações para o terceiro resgate ao país.
Estes desenvolvimentos positivos para a manutenção da Grécia no euro estiveram a animar as bolsas de todo o mundo, que corrigiram assim das fortes perdas anteriores.