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Bolsa nacional perde 1,84% e volta a negociar abaixo dos cinco mil pontos

A bolsa nacional foi esta segunda-feira arrastada pelas fortes quedas que se registam um pouco por todo o mundo. A situação da economia chinesa volta a preocupar os investidores. Em Lisboa, todas as cotadas do PSI-20 fecharam em terreno negativo.

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O principal índice da bolsa nacional perdeu 1,84% para 4.966,20 pontos, com as 18 cotadas em baixa. O PSI-20 acompanhou as quedas que se registam nos principais mercados europeus e em Wall Street

Estas quedas prende-se com a situação na China, após terem sido divulgados dados que indicam que o sector industrial da segunda maior economia do mundo não caía tanto desde 2011. Um desempenho que intensifica os receios relativos ao desempenho económico chinês e, obviamente, pesa sobre o preço dos activos.

 

As matérias-primas estão, mais uma vez, a ser afectadas por essa expectativa. Os preços do petróleo estão a cair mais de 1% tanto em Londres como em Nova Iorque. Assim, são as empresas ligadas a este sector, tal como as energéticas, que mais recuam. 

Na bolsa nacional foram as acções da Jerónimo Martins e do BCP que mais penalizaram o PSI-20, ao recuarem 3,63% e 5,66%, respectivamente. O BCP chegou a negociar no valor mais baixo desde 3 de Julho de 2013 ao tocar nos 4,45 cêntimos por acção. O banco liderado por Nuno Amado fechou a sessão a valer 4,5 cêntimos por acção. 

Ainda no sector bancário, o BPI caiu 0,65% para 91,1 cêntimos e o Banif perdeu 2,56% para 0,0038 euros. 

Outra das cotadas que mais contribuiu para a forte queda do PSI-20 foi a Galp Energia. A petrolífera perdeu 2,59% para 8,503 euros, num dia em que o preço do petróleo recua mais de 1% nos mercados internacionais. 

A EDP fechou o dia a cair 0,25% para 3,159 euros e a EDP Renováveis a perder 0,98% para 5,733 euros. 

Vários factores têm pressionado os títulos do BCP, sendo que a incerteza na venda do Novo Banco é a mais intensa. Qualquer diferença entre os 4,9 mil milhões de euros e o valor de alienação da instituição terá de ser suportada pela banca. O BCP é o banco que tem uma maior quota do Fundo de Resolução, pelo que é o que mais tem sofrido com a perspectiva de prejuízos na venda porque será o que mais tem de pagar.  


As acções da Sonae SGPS perderam 1,39% para 1,063 euros, um dia após o Negócios ter noticiado que a parceria da cotada portuguesa com a empresária angolana Isabel dos Santos, para o negócio de supermercados, chegou ao fim.

 

Formalizada em 2011, a parceria entre as duas partes tinha dado o primeiro passo com a constituição da empresa Condis. Contudo, a marca que segue em frente é a Contidis: e sem a Sonae.

 

Os analistas defendem, contudo, que este rompimento não deverá ter um impacto nos títulos da Sonae. "Algumas notícias tinham já apontado para o facto de a parceria entre a Sonae e a empresária angola estar em risco, depois da saída de dois executivos da retalhista portuguesa para a nova operação de retalho alimentar de Isabel dos Santos", assinala José Rito, na nota do BPI Equity Research desta segunda-feira.

 

Na nota diária, o Haitong Bank alinha no mesmo sentido: "É neutral para a Sonae já que o fim da parceria de retalho com Isabel dos Santos era já amplamente esperada", escreve Filipe Rosa.  

(Notícia actualizada às 16h51)

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