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Bolsa nacional no vermelho pressionada pela banca

A praça lisboeta encerrou em queda num dia em que o sector financeiro foi o que mais pressionou. BCP e BPI registaram fortes quedas numa altura em que surgiram notícias de que o Governo poderá aumentar a carga fiscal sobre a banca.

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03 de Fevereiro de 2016 às 16:42
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O PSI-20 encerrou a sessão desta quarta-feira, 3 de Fevereiro, a desvalorizar 1,17% para 4.923,31 pontos, com 14 cotadas em queda e três em alta, naquela que é a segunda sessão consecutiva em que a bolsa nacional fecha no vermelho.

 

A praça lisboeta acompanhou a tendência registas pelas principais praças europeias, novamente penalizadas pelo receio dos investidores em relação aos sinais de abrandamento da economia global, nomeadamente da chinesa.

 

No plano nacional, o BCP foi a cotada que mais pressionou o principal índice nacional ao deslizar 8,33% para 0,0341 euros, na terceira sessão seguida a cair. Também o BPI registou a terceira sessão consecutiva a transaccionar no vermelho, tendo recuado 6,93% para 0,913 euros. Tanto o BCP como o BPI registaram a maior queda diária desde 20 de Janeiro numa sessão em que transaccionaram no valor mais baixo desde o vigésimo dia de Janeiro. 

 

A contribuir para a performance da banca nesta quarta-feira estiveram as notícias que dão conta de que o Governo português deverá aumentar os impostos sobre o sector financeiro nacional.

Numa altura em que o Executivo está ainda a negociar com Bruxelas os contornos do Orçamento do Estado para 2016, o Negócios sabe que para responder às exigências da Comissão Europeia o Governo deverá agravar a taxa paga pelos bancos ao Fundo de Resolução, bem como o alargamento da base de incidência dessa taxa.

O grupo EDP também teve um dia de perdas, com a EDP a desvalorizar 1,86% para 3,158 euros, e a EDP Renováveis a ceder 0,95% para 6,99 euros.

 

Em sentido inverso, a Galp Energia apreciou 1,87% para 10,605 euros, seguindo a tendência de ganhos do preço de petróleo nos mercados internacionais. Em Londres, o Brent do Mar do Norte, utilizado como valor de referência para as importações nacionais, segue a subir 5,41% para 34,49 dólares por barril.

 

No sector do retalho o sentimento foi misto. A Jerónimo Martins apreciou 1,14% para 12,905 euros, a beneficiar das novas indicações dadas pelo Governo da Polónia acerca da taxa sobre as vendas dos grandes supermercados.

 

Depois de os analistas já terem considerado, aquando do anúncio do imposto em Janeiro último, que esta medida não era tão penalizadora quanto chegou a ser especulado, as mais recentes informações prestadas pelo Executivo polaco reforçaram a convicção dos analistas de que o novo imposto acabará por não ter grande impacto nos resultados da filial polaca da Jerónimo Martins, a Biedronka.

 

Numa nota de "research" hoje divulgada, o Haitong nota que o imposto na Polónia não terá um impacto significativo para a Jerónimo Martins.

 

Já a Sonae acabou o dia a perder 3,70% para 0,99 euros.

 

A Portucel cedeu 0,53% para 3,014 euros, no dia seguinte ao CaixaBI ter estimado que a empresa tenha alcançado uma ligeira subida dos lucros em 2015, que deverão ser de 181,6 milhões de euros no ano passado comparativamente com os 181,5 milhões de euros registados em 2014.

 

Já a Semapa recuou 0,99% para 11 euros e a Altri ganhou 0,27% para 3,67 euros.

(Notícia actualizada às 16:46)

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