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Bolsa nacional sobe quase 2% impulsionada pelas energéticas
A bolsa nacional encerrou esta quarta-feira, 23 de Dezembro, em terreno positivo, impulsionada pelo sector energético e em linha com as congéneres europeias. A Galp destacou-se com uma subida acima de 6%.
O PSI-20 fechou em alta, com 15 cotadas em alta e duas em queda. O principal índice nacional seguiu a tendência positiva das congéneres europeias. A empurrar o desempenho da bolsa nacional estiveram a Galp, EDP e EDP Renováveis.
A bolsa nacional somou 1,65% para 5.346,03 pontos, em linha com as praças do Velho Continente. O Stoxx600 soma 2,63% para 366,27 pontos, o germânico DAX subiu 2,23% para 10.722,47 pontos, o AEX de Amesterdão avança 2,96% para 443,72 pontos e o espanhol IBEX ganhou 2,36% para 9.638,20 pontos, apesar da instabilidade política que se vive no país na sequência das eleições gerais do passado domingo, 20 de Dezembro.
Esta quarta-feira o líder dos socialistas, Pedro Sánchez, mostrou-se indisponível para apoiar um Governo do PP e a investidura de Mariano Rajoy. Por outro lado, o líder do Cidadãos propôs um "acordo a três" com o PP e o PSOE para viabilizar um governo e uma legislatura que "garanta a estabilidade e unidade de Espanha".
A impulsionar a bolsa nacional estiveram as cotadas do sector energético, com destaque para a Galp, que fechou a somar 6,66% para 10.975 euros, numa altura em que o petróleo segue a negociar na casa dos 37 dólares.
O Brent, negociado em Londres e preço de referência para a Europa, soma 1,80% para 36,76 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, soma 2,85% para 37,17 dólares por barril.
Estes ganhos acontecem depois de a OPEP (Organização dos Países Exportadores da OPEP) rever as estimativas para a produção e oferta de petróleo no relatório de antevisão anual. Até 2020, o consumo estimado de crude da organização recuará dos actuais 31 milhões de barris, este ano, para 30,7 milhões de barris, indica o grupo no relatório. A OPEP estima ainda que até esta data os preços subam para 80 dólares por barril.
Entre as restantes cotadas do sector, a EDP avançou 2,10% para 3,21 euros por acção, enquanto a EDP Renováveis ganhou 2,32% para 7,06 euros. Já a REN ganhou 2,40% para 2,77 euros.
O dia foi positivo também para a banca, na primeira sessão em que o índice nacional passou a contar apenas com 17 cotadas, após a expulsão do Banif na sequência da resolução de que foi alvo. O BCP terminou a sessão a somar 0,58% para 5,18 cêntimos por acção, e o BPI avançou 0,95% para 1,17 euros.
No sector do retalho o dia foi também de ganhos, com a Jerónimo Martins a subir 1,57% para 11,985 euros e a Sonae a somar 2,14% para 1,10 euros.
No sector da contrução o desempenho foi misto, com a Mota-Engil a somar 2,37% para 1,854 euros e a Teixeira Duarte a cair 0,54% para 36,5 cêntimos.
O dia foi de perdas também para a Portucel - contrariando as restantes cotadas do sector do papel -, tendo fechado a recuar 2,28% para 3,56 euros. Já a Semapa avançou 2,84% para 13,405 euros e a Altri somou 0,62% para 4,742 euros.
Entre as restantes cotadas do PSI-20, os CTT terminaram a sessão a somar 1,10% para 8,66 euros, a Impresa subiu 0,21% para 47,1 cêntimos, a Nos avançou 1,42% para 7,335 euros e a Pharol disparou 3,91% para 29,2 cêntimos por acção.
(Notícia actualizada às 17:39)