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Bolsa nacional fecha a cair mais de 3%

A bolsa nacional fechou esta terça-feira com o pior registo desde 3 de Abril, pressionada pelo desempenho de alguns dos seus títulos mais importantes, como a Portugal Telecom, a Jerónimo Martins, energia e banca.

14 de Maio de 2013 às 16:48
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O PSI-20 desceu 3,01% para 6.032,07 pontos, com 16 cotadas em queda e quatro em alta. A queda registada hoje é a pior desde o dia 3 de Abril, em que o índice bolsista português caiu 3,54%.

 

Nas praças europeias a tendência foi de ganhos, já que a apresentação de ganhos por parte de algumas empresas ofuscou os resultados do índice de confiança dos investidores alemães, que foram abaixo do que estava previsto, para Maio. O Stoxx 600 subiu 0,25% para 305,22 pontos, o nível mais elevado desde Junho de 2008.

 

Os ministros das Finanças da Zona Euro aprovaram na segunda-feira a conclusão da sétima avaliação ao programa de ajustamento português, embora o envio da próxima tranche, de 2 mil milhões de euros, fique condicionada à aprovação final da troika.

 

Em Lisboa, os títulos da Jerónimo Martins fecharam a cair 5,99% para 16,80 euros. A Asteck, segunda maior accionista da empresa, vendeu 5 % da Jerónimo Martins e uma fonte próxima do assunto disse à Bloomberg que a operação seria concretizada a um intervalo de preços entre 16,50 e 17,25 euros – o valor não é informação confirmada -  o que pressupõe um desconto entre 7,67% e 3,47% face ao valor de fecho das acções da Jerónimo na segunda-feira. Após esta operação a Asteck passou a deter 5% do capital da Jerónimo Martins.

 

Com esta queda, as acções da Jerónimo Martins anularam os ganhos que a empresa conseguiu depois de ter apresentado os resultados relativos ao primeiro trimestre, período em que registou um crescimento de 10,4% dos lucros para 75 milhões de euros. Além disto, o HSBC cortou a recomendação da empresa de "comprar" para "neutral".

 

Ontem foi a última sessão em que as acções da Portugal Telecom negociaram dando direito ao dividendo bruto de 32,5 cêntimos referente ao ano passado. Hoje, as acções entram em “ex-dividendo”, pelo que quem comprar as acções não terá direito à remuneração. Ontem, a PT desvalorizou 0,30% para os 3,959 euros, tendo acabado o dia de hoje a valer 3,579 euros, depois de desvalorizar 9,60%, reflexo do ajuste na negociação. Somando o dividendo de 32,5 cêntimos à cotação de hoje, 3,579 euros, a PT encerrou o dia em terreno negativo.

 

A Galp caiu 1,91% para 12,31 euros e a EDP depreciou 0,76% para 2,615 euros, num dia em que os analistas consideraram que a venda de dívida tarifária é uma boa notícia para a empresa. Na banca o BES depreciou 1,94% para 0,759 euros e o BCP perdeu 0,96% para 0,103 euros. Destaque para o research do Citi que atribui um preço-alvo às acções do BES que lhe confere um potencial de valorização superior a 70%.

 

A impedir maiores quedas no PSI-20 estiveram a EDP Renováveis, a Mota Engil, a Zon e o Banif. A EDP Renováveis ganhou 0,73% para 4,12 euros, a Zon subiu 0,78% para 3,50 euros, o Banif avançou 0,88% para 0,114 euros, e a Mota Engil apreciou 2,20% para 2,086 euros, no dia em que os analistas do Espírito Santo IB anteviram mais receitas em África do que em Portugal para a empresa.

 

Nota: No dia em que uma cotada passa a negociar em bolsa sem direito ao dividendo, as acções sofrem um ajuste correspondente ao valor da remuneração. Esta descida de valor afecta o comportamento do índice em que a cotada está integrada, pelo que o Negócios noticia a variação real das acções e não a verificada após o ajuste do dividendo. Serve esta nota para esclarecer os leitores do Negócios, que têm levantado diversas dúvidas sobre esta matéria. 

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