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Bolsa nacional em queda pressionada pela Galp e grupo EDP
O principal índice da praça de Lisboa inverteu da tendência positiva e segue agora do lado das perdas, penalizado sobretudo pelo sector energético. Entre as restantes bolsas europeias o sentimento é sobretudo de perdas.
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A bolsa de Lisboa inverteu a tónica positiva do arranque da sessão e segue agora do lado das perdas. O PSI-20 desce 0,26% para 5.378,84 pontos, com 10 empresas em queda, quatro em alta e quatro inalteradas. Entre as restantes praças do Velho Continente o sentimento é sobretudo de perdas. O francês CAC 40 lidera as desvalorizações na Europa, ao recuar 0,67%, seguido do principal índice holandês, que desvaloriza 0,57%. O Stoxx 600, índice de referência e que agrega as 600 maiores empresas europeias, perde 0,16%. Em alta, por outro lado, segue o britânico Foostie, que avança 0,02%, e o principal índice grego, que soma 0,13%.
Por cá, o sector energético é um dos que mais pressiona a evolução do índice. A Galp Energia desce 1,06% para 9,618 euros, isto numa altura em que os preços do petróleo seguem sem uma tendência definida nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, soma 0,20% para 45,98 dólares por barril. E o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações europeias, cede 0,27% para 48,48 dólares por barril.
A EDP recua 0,59% para 3,362 euros e a EDP Renováveis desce 0,65% para 6,104 euros depois de ontem ter anunciado que a China Three Gorges se juntou à EDP Renováveis nas eólicas offshore na Escócia. A energética chinesa vai adquirir até 30% de projecto eólico da EDP Renováveis na costa nordeste da Escócia que vai ter potência para dar energia a 700 mil famílias.
A REN, por outro lado, avança 0,64% para 2,834 euros.
Ainda em terreno negativo está o sector bancário, com o Banif a liderar as desvalorizações. A instituição lidera por Jorge Tomé recua 5,88% para 0,32 cêntimos. O BCP cede 0,18% para 5,62 cêntimos e o BPI desliza 0,09% para 1,064 euros. As duas instituições foram alvo de uma nota de análise na segunda-feira, 19 de Outubro, por parte do Deutsche Bank, com o banco liderado por Fernando Ulrich a estar entre as cotadas ibéricas preferidas da casa de investimento. A entrega dos activos africanos do BPI aos accionistas afasta as questões regulatórias e impulsiona potenciais cenários de consolidação. Esta é a perspectiva do Deutsche Bank, que elevou o preço-alvo do BPI e colocou-o entre os melhores de Portugal e Espanha.
Já em relação ao BCP, o Deutsche Bank estima que o banco liderado por Nuno Amado adie o reembolso da ajuda do Estado para 2017. O banco de investimento acrescenta que os rácios de capital e o banco na Polónia são as principais dores de cabeça para o BCP.
A Jerónimo Martins perde 0,12% para 12,71 euros. A concorrente Sonae soma 0,09% para 1,122 euros.
Em terreno positivo está também a Nos, que avança 0,84% para 7,283 euros. A Pharol segue inalterada nos 34 cêntimos.
Também no verde está a Altri, que avança 0,56% para 4,113 euros. Já a Semapa desce 0,34% para 11,84 euros e a Portucel segue inalterada nos 3,535 euros.