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Bolsa nacional em alta impulsionada por Jerónimo Martins e Nos

O principal índice segue do lado dos ganhos impulsionado pelos títulos da Jerónimo Martins e da Nos. No resto da Europa, as principais praças negoceiam sem uma tendência definida.

Miguel Baltazar/Negócios
28 de Maio de 2015 às 10:42
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O principal índice da praça de Lisboa segue a negociar em alta ligeira, depois de alguma volatilidade no início da sessão. O PSI-20 soma 0,27% para 5.941,88 pontos, com 12 empresas em alta, cinco em queda e uma inalterada. Entre as restantes congéneres europeias não se verifica uma tendência definida. O principal índice holandês e o principal índice grego, tal como Lisboa, seguem do lado dos ganhos, somando menos de 0,50%. As restantes praças estão em queda ligeira, que não supera a fasquia dos 0,50%. O Stoxx 600, o índice de referência, desce 0,28%.

 

Os receios em relação à Grécia continuam a penalizar o comportamento dos mercados. Esta quarta-feira, surgiram notícias contraditórias em relação a um princípio de acordo entre Atenas e os credores internacionais. A Reuters noticiou ao início da tarde que a Grécia e os seus credores tinham chegado a um princípio de acordo que não incluía mais cortes nas pensões e nos salários. O próprio primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, adiantou que os detalhes do acordo seriam apresentados "em breve", apesar de ainda existirem "divergências" entre as duas partes. No entanto, pouco depois de ter surgido esta notícia, Bruxelas fez saber que ainda não está a ser desenhado um acordo final.

 

Já esta quinta-feira, 28 de Maio, Christine Lagarde, directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmou que há ainda muito trabalho para ser feito antes que um acordo entre Atenas e os credores seja alcançado e permita o desembolso de ajuda financeira. Sobre as negociações entre a Grécia e as instâncias internacionais, Wolfgang Schäuble, ministro alemão das Finanças, referiu ontem a uma estação de televisão germânica que as negociações não progrediram muito e admitiu que ficou "um pouco surpreendido" quando tomou conhecimento que as autoridades helénicas estavam a apontar que o acordo estava iminente, segundo o The Guardian.

 

Por cá, os títulos da Jerónimo Martins e da Nos são os que mais impulsionam o PSI-20. Os títulos da retalhista liderada por Pedro Soares dos Santos valorizam 1,98% para 12,63 euros. Ainda neste sector, a Sonae desce 0,33% para 1,208 euros.

 

A Nos soma 1,57% para 6,724 euros. A PT SGPS cresce 1,40% para 50,8 cêntimos, depois de ter sido comunicado que a empresa iria interpor uma acção contra o auditor externo, a Deloitte. Quanto a acções contra ex-administradores que estiveram envolvidos nas aplicações da Rioforte, e que levaram ao "buraco" de 900 milhões de euros, ficará "nas mãos" do novo board.

 

No sector energético não se verifica uma tendência definida. A Galp Energia desce 1,32% para 10,825 euros. Isto no dia em que a italiana Eni está a avançar com uma operação de recompra de obrigações convertíveis em acções da Galp. As obrigações, emitidas em 2012, só atingem a maturidade no final deste ano, mas a petrolífera italiana propõe aos obrigacionistas que as entreguem já. Estes títulos de dívida têm como colateral as acções que representam a posição da Eni na Galp.

 

No grupo EDP, a casa-mãe cede 0,06% para 3,593 euros e a EDP Renováveis soma 0,51% para 6,542 euros. A REN soma 0,37% para 2,691 euros.

 

Na banca, o BCP desce 0,45% para 8,85 cêntimos. O BPI segue inalterado nos 1,40 euros e o Banif recua 1,39% para 0,71 cêntimos. Esta quinta-feira, o Negócios escreve que os gestores dos grandes bancos estão na mira do Banco Central Europeu (BCE). A actuação dos gestores dos bancos significativos (CGD, BCP, Novo Banco e BPI) é uma das preocupações do supervisor europeu. Equipas do BCE têm reunido com administradores dos grandes bancos nacionais. E já avisaram que querem assistir a reuniões do conselho.  

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