A bolsa portuguesa encaminha-se para uma última sessão da semana negativa, em linha com o que acontece nas principais praças europeias, à espera dos dados preliminares do PIB norte-americano e de mais declarações da presidente da Reserva Federal, que podem dar pistas sobre subida de juros já em Junho.

Em Lisboa, o principal índice bolsista - o PSI-20 - abriu em queda de 0,22% e recua, às 8:20, 0,21% para
4.953,76 pontos.

Com nove títulos em perda, seis a registarem ganhos e três inalterados, o BCP, a Jerónimo Martins e o sector energético estão entre as maiores fontes de pressão.

O BCP continua a corrigir das fortes valorizações do meio da semana, e recua 0,62% para 0,0321 euros, ao passo que a Mota Engil, que regista a maior queda, cede 0,74% para 1,75 euros. A construtora comunicou esta quarta-feira a aprovação da entrega de um dividendo bruto de cinco cêntimos por título. A Jerónimo Martins perde 0,34% para 14,48 euros.

No dia em que o Presidente da República recebe o chairman da China Three Gorges (accionista maioritário da EDP), os títulos da eléctrica estão pouco alterados, a ceder 0,03% para 2,969 euros. A Renováveis perde 0,36% para 6,867 euros. 

O sector energético segue em perda quase generalizada em manhã de recuo para os preços do petróleo. A Galp cai 0,33% para 11,9 euros. Esta sexta-feira, em entrevista ao Negócios, Gürkan Kumbaroglu, presidente da Associação de Economia de Energia, defende que Portugal é "ideal para descarregar o gás de xisto dos EUA". A Galp foi a primeira a comprar um carregamento deste gás na Europa. 

A maior valorização cabe à Pharol, que avança 3,05% para 0,135 euros. Esta quinta-feira a Oi contrariou o presidente da Pharol (sua maior accionista), ao dizer que até ao momento não há definição sobre proposta de negociação da dívida com os titulares de obrigações e que tratamento poderão ter os títulos de dívida de retalho nesse cenário.  

Fora do índice, destaque para o disparo de 9,09% da SDC, para os 0,01 euros.

(Notícia actualizada às 8:48 com mais informação)