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Bolsa nacional cai mais de 2,5% para mínimos de Setembro
A bolsa nacional desce pela sexta sessão consecutiva, num dia de fortes quedas na Europa. Mais uma vez, as acções chinesas foram suspensas provocando turbulência nos mercados mundiais.
A bolsa nacional está a acentuar a tendência negativa do início da sessão, com o PSI-20 a descer 2,81% para 5.018,95 pontos, o valor mais baixo desde 30 de Setembro. Das 17 empresas que formam o principal índice nacional, 16 estão em queda e apenas uma inalterada. Esta é a sexta sessão consecutiva de perdas para a bolsa de Lisboa.
Na Europa, a negociação está a ser marcada por fortes perdas, num dia em que a China voltou a provocar uma verdadeira turbulência nos mercados mundiais. As acções chinesas voltaram a ser suspensas na sequência de uma desvalorização superior a 7%. O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, cai 2,98% para 343,80 pontos, valor que representa mínimos de Setembro de 2015.
A liderar as desvalorizações no Velho Continente está o índice de Amesterdão, que afunda 3,66%, a praça de Atenas, com uma descida de 3,54% e o DAX alemão, que perde 3,34%.
Na bolsa nacional, a Galp Energia é a que mais pressiona o PSI-20, numa altura em que o petróleo regista perdas em torno de 4% nos mercados internacionais para mínimos de 2004. Em Londres, a matéria-prima desce 3,89% para 32,90 dólares por barril. As acções da empresa liderada por Carlos Gomes da Silva recuam 4,38% para 9,399 euros.
Ainda na energia, a EDP Renováveis cai 1,95% para 7,097 euros e a EDP cede 2,05% para 3,108 euros. Esta quarta-feira, o CaixaBI subiu de 3,6 para 3,65 euros o preço-alvo para as acções da EDP, o que atribui aos títulos um potencial de valorização de 17,4% face à cotação actual. Além disso, a recomendação de compra melhorou de "neutral" para "acumular".
A contribuir para a descida do PSI-20 estão também os CTT, que perdem 2,83% para 8,201 euros, a Altri, que recua 4,65% para 4,413 euros, e as cotadas do sector do retalho. A Jerónimo Martins perde 2,35% para 11,44 euros e a Sonae cai 2,63% para 1,036 euros.
Esta quarta-feira, o Haitong Bank antecipou resultados positivos da Jerónimo Martins no quarto trimestre, mas considerou que o imposto sobre o retalho na Polónia constitui uma ameaça para as contas da empresa. "O imposto e o zloty ensombram as vendas sólidas", resume o banco numa nota para investidores. Nesse sentido, o Haitong manteve a recomendação em "neutral" e a avaliação de 13,1 euros por acção.
Na banca, o BCP desce 3,09% para 4,7 cêntimos e o BPI perde 3,71% para 1,088 euros.
A Mota-Engil afunda 7,24% para 1,653 euros, o valor mais baixo desde Dezembro de 2012.