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Bolsa grega fecha com queda inferior a 3,5%

O Governo voltou a falhar a eleição do Presidente da República, o que ditou algum pânico entre os investidores, uma vez que esta falha tem como consequência a realização de eleições antecipadas. A bolsa chegou a cair mais de 12%, mas fechou com uma queda inferior a 3,5%.

Bloomberg
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A bolsa de Atenas chegou a cair mais de 12% após se saber que o Governo não conseguiu os votos necessários para a eleição do Presidente. Mas aliviou a maior parte da queda e encerrou a sessão a descer 3,46% para 266,11 pontos. 
 

As quedas entre as cotadas gregas são generalizadas, com destaque para a banca: Eurobank (-7,73%) e National Bank (-7,74%), sendo que a banca grega chegou a registar perdas de dois dígitos. 

 

Destaque também para as quedas da gestora de jogos de fortuna e azar OPAP (-5,79%) e da operadora de telecomunicações Hellenic Telecommunications (-2,53%).

 

Mas as quedas na bolsa não são exclusivas de Atenas. As bolsas europeias seguem quase todas em queda, com especial destaque para os restantes países periféricos. Itália e Espanha perdem mais de 1%. Portugal quase de 1%. Os restantes índices bolsistas recuam menos de 1%. Os receios de que a crise política se intensifique na Grécia e que tenha impacto nos países periféricos é o que está a condicionar os investidores.

 

Os alarmes também estão a soar no mercado de obrigações soberanas. A taxa de juro grega de referência, a 10 anos, está a subir 114,1 pontos base para 9,642%.

 

Mas é no curto prazo que se está a registar a maior valorização. A taxa de juro a três anos está a ganhar 165,7 pontos base para 12,107%. A cinco anos, a taxa sobe 148,6 pontos para 10,557%.

 

Nesta última ronda das presidenciais eram necessários 180 votos, de um total de 300, para eleger um novo Presidente da República grega. O único candidato à substituição de Karolos Papoulias era Stavros Dimas, apoiado pelo Governo de Antonis Samaras. 

 

A Grécia enfrentará assim novas eleições, numa altura em que o Syriza lidera nas intenções de voto, segundo a sondagem da Rass realizada a 21 de Dezembro, depois de ter vencido as eleições europeias deste ano. A coligação de esquerda liderada por Alexis Tsipras já prometeu reduzir a carga de austeridade no país se for eleito, o que provocou a desconfiança por parte das autoridades europeias em relação à uma possível ascensão ao poder do Syriza.

 

O Parlamento grego tem agora 10 dias para ser dissolvido e as eleições legislativas antecipadas terão de ser convocadas nos próximos 30 dias. A eleição deverá assim ter lugar entre 25 de Janeiro e 1 de Fevereiro.

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