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Bolsa cai quase 2% com banca e PT em novos mínimos
A bolsa nacional já acentuou a tendência de queda registada na abertura, seguindo com uma queda de quase 2%, numa altura em que o BCP e BPI estão em mínimos de 2013 e a PT SGPS em mínimos históricos.
O PSI-20 recua 1,84% para 4.795,22 pontos, com 14 acções em queda, três em alta e uma inalterada. Entre os congéneres europeus a tendência é igualmente de perdas, numa sessão que voltará a ser marcada pela instabilidade política que se vive na Grécia, depois de ontem o Governo não ter conseguido eleger o Presidente da República.
O primeiro-ministro, Antonis Samaras, deverá propor esta terça-feira a data de 25 de Janeiro para as eleições. Com as sondagens a darem vitória ao partido de extrema-esquerda Syriza, os investidores receiam uma política de ruptura com a austeridade e renegociação da dívida.
Na bolsa nacional, a banca é um dos principais destaques, com o BCP a cair 4,26% para 6,5 cêntimos, o que corresponde ao valor mais baixo desde Novembro de 2013. O BPI também cede 4,94% para 94,2 cêntimos, atingindo um novo mínimo de Setembro de 2013. Já o Banif segue estável nos 0,58 cêntimos.
Em destaque está também a PT SGPS, ao perder 4,59% para 87,3 cêntimos, o que corresponde ao valor mais baixo de sempre. As acções da empresa continuam a cair, mantendo assim a tendência que se verifica desde que Isabel dos Santos retirou a oferta que fez para comprar a empresa que detém 39% do capital da brasileira Oi.
No sector da energia, a Galp também continua em forte queda, ao perder 2,42% para 8,493 euros, depois de ter revelado esta manhã que a Petrobras apresentou uma declaração de comerciabilidade de três novos campos de petróleo e gás nas áreas de Iara e Entorno de Iara, no Brasil. A Galp tem 10% do consórcio que explora esta região. Contudo, as acções da petrolífera continuam a ser afectadas pela queda do petróleo, que já renovou mínimos de 2009 esta manhã.
Já a EDP perde 1,34% para 3,245 euros enquanto a EDP Renováveis deprecia 1,16% para 5,367 euros, depois de ontem à noite ter sido revelado que a empresa liderada por Manso Neto alienou à CTG 49% do capital social de parques eólicos em operação e desenvolvimento no Brasil, por 112 milhões de euros.